Sinergia e eficiência interna: os planos da BeFly para atingir R$ 11 bi em vendas em 2025
Na SoulBeFly, em Curitiba, Luti Guimarães e Sylvio Ferraz contam as estratégias e desempenho do grupo
CURITIBA – A BeFly é composta por diversas marcas que compõem um ecossistema diverso e de diferentes soluções para o Turismo. E nesta semana, em Curitiba, a holding realizou sua primeira convenção de vendas unificada justamente para mostrar a sinergia do grupo e a interdependência que as empresas e negócios têm.
Interdependência essa que, inclusive, segundo o vice-presidente de Produtos e Novos Negócios, Sylvio Ferraz, é fundamental para a geração de receita e diferenciação da BeFly no setor.
“Temos muita oportunidade dentro do prórpio ecossistema e estamos criando produtos que permitem que essas oportunidades fiquem mais claras e mais perceptíveis. Além de produtos, vamos criando soluções de atendimento 24 horas para todos os negócios, via WhatsApp, inteligência artificial, integração com fornecedor, agilidade no faturamento. Sempre pensando em simplificar os processos"
Sylvio Ferraz, vice-presidente de Produtos e Novos Negócios da BeFly
Para 2025, a perspectiva é atingir R$ 11 bilhões em vendas, com todas as marcas da holding, atendendo mais de 8 mil agências de viagens, 900 clientes corporativos, com 600 franquias – sendo a segunda maior rede do segmento.
Isso mesmo em um ano bastante desafiador em termos de guerras físicas, políticas e comerciais, variações cambiais, incertezas em relação às regras de viagens – como as impostas pelos EUA em relação ao visto –, entre outros desafios.
O mês de julho, inclusive, foi de recorde para o grupo, com R$ 1,2 bilhão em vendas, mesmo sendo um período fraco para o corporativo (que corresponde a 70% da BeFly). De acordo com o vice-presidente de Negócios, Luti Guimarães, agosto também caminha para fechar em alta. “Vivemos o ‘está ruim, mas está bom’: de um lado, incertezas geopolíticas; de outro, recordes de vendas”, resume.
Franquias e QBY em crescimento
Além da Flytour Consolidadora, Qualitours, Reservia, Queensberry e Chanteclair, e a unidade de negócios de TMCs, que são as principais fatias de faturamento da BeFly, a QBY, marca mais recente, vem performando muito bem e já representa 20% das vendas do grupo.
“A QBY é uma operadora voltada principalmente a experiências. Será a operadora do MotoGP, por exemplo, e o foco é atender o que chamamos de middle-market. Ela se soma a outros grandes fornecedores, como Azul Viagens, Diversa… É mais um grande player nesse jogo", afirma Guimarães.
Flytour Franchising, BeFly Travel e Vai Voando, as marcas de franquias do ecossistema, também desempenham papel importante no crescimento. A BeFly Travel tem potencial para expansão, enquanto a rede Vai Voando já soma 400 lojas, com concentração em Manaus e espaço para avançar no Sul do País.
“Nosso objetivo não é ser a maior rede, mas garantir sustentabilidade e rentabilidade. E os resultados dos franqueados comprovam isso”, destaca o executivo.
Próximos passos da BeFly – spoiler: por enquanto sem novas marcas
O futuro da BeFly é focado, principalmente, em aprimorar o trabalho dentro de casa, sem planos, por enquanto, para adquirir uma nova empresa ou lançar uma nova marca – isso, claro, se não surgir uma oportunidade irrecusável.
“Estamos trazendo mais eficiência e mais simplificação para o nosso negócios. Mas temos desafios de TI, de CRM, de inovação, de mais produtos… Temos de continuar consolidando a Reservia, a QBY. Temos nossas empresas de tecnologia, nossas investidas. E tudo isso tem de continuar trazendo consistência, escala e funcionamento", explica Ferraz.
O VP aproveita e faz um panorama de como foram os anos passados e como será no curto prazo. “Acredito que em 2024 acabamos fazendo uma melhoria nessa escala. Em 2025 estamos trazendo e buscando mais eficiência. No ano que vem, a gente deve capturar um pouco mais dessa eficiência, entregar um CRM mais consistente, melhorar a conversão e dinâmica para, daí, pensar no que faremos de 2027 para frente".
Mas uma coisa é certa. Sylvio Ferraz sabe que a BeFly não ficará para sempre do jeito que está e que sempre podem aparecer novas oportunidades, como foi a COP30, que contará com dois navios para hospedar os participantes com Qualitours como responsável pela comercialização das cabines.
O Portal PANROTAS viaja a convite da BeFly