Sabre tem prejuízo operacional de US$ 384 milhões no 2T20
Resultado foi impulsionado por reduções sem precedentes em passagens aéreas, hotéis e outras reservas

Já o prejuízo líquido atribuível aos acionistas ordinários totalizou US$ 444 milhões, contra o lucro líquido de US$ 28 milhões no segundo trimestre de 2019. A mudança no lucro líquido atribuível aos acionistas ordinários foi impulsionada pelos itens que impactaram o prejuízo operacional e aumento da despesa de juros, parcialmente compensado por uma redução nos impostos.
Com relação aos fluxos de caixa do segundo trimestre, o caixa usado em atividades operacionais totalizou US$ 435 milhões, contra US$ 106 milhões no período do ano anterior; o caixa usado em atividades de investimento totalizou US$ 11 milhões, em relação aos US$ 38 milhões em 2019; gerado por atividades de financiamento totalizou US$ 1,07 milhões, versus US$ 129 milhões no segundo trimestre de 2019; e as despesas capitalizadas totalizaram US$ 11 milhões, em comparação com US$ 29 milhões no ano passado.
"Como um provedor de soluções para a indústria de viagens, respondemos de forma rápida e eficaz para reduzir custos e melhorar a liquidez para mitigar o enorme desafio que a pandemia de covid-19 representa. Tomamos ações difíceis e decisivas que acreditamos posicionar melhor a empresa do outro lado desta crise. Embora tenhamos encerrado o trimestre com reservas de passagens aéreas líquidas positivas em junho pela primeira vez desde o início de março e uma melhoria nas reservas de hotéis, o ambiente geral de viagens continua severamente deprimido”, diz o presidente e CEO da companhia, Sean Menke.
TRAVEL NETWORK
A receita desta unidade de negócios do Sabre diminuiu 105%, indo para US$ 33 milhões, devido a reservas líquidas negativas no trimestre, uma vez que os cancelamentos excederam as novas reservas.
A interrupção sem precedentes nas viagens causada pela pandemia do novo coronavírus continuou a representar um enorme desafio para a indústria de GDS. Reservas globais, líquidas de cancelamentos, caíram 105% no período analisado.
O final do segundo trimestre apresentou sinais modestos de recuperação. As reservas aéreas brutas diminuíram 95% ano a ano em abril e 91% em maio, enquanto as reservas líquidas foram negativas devido a cancelamentos. Em junho, as reservas aéreas brutas diminuíram 86% ano a ano e as reservas líquidas foram positivas pela primeira vez desde o início de março.
Além disso, no trimestre as reservas na América do Norte caíram 102%, as na Europa, Oriente Médio e África (Emea) diminuíram 107%, na América Latina despencaram 108% e, na Ásia-Pacífico, caíram 111%. O prejuízo operacional totalizou US$ 183 milhões.
AIRLINE SOLUTIONS
A receita desta divisão diminuiu 58%, registrando US$ 90 milhões. A receita de reservas caiu 75% e a comercial e operacional diminuiu 32%. O declínio na receita foi impulsionado principalmente pelo impacto da covid-19 na base de clientes existente.
O embarque de passageiros de companhias aéreas diminuiu 89% no trimestre. Excluindo dados da Radixx, o número de passageiros embarcados diminuiu 90%. O prejuízo operacional totalizou US$ 68 milhões, em comparação com a receita operacional de US$ 23 milhões no segundo trimestre de 2019.
HOSPITALITY SOLUTIONS
A receita das soluções voltadas à hospitalidade do Sabre diminuiu 61%, totalizando US$ 29 milhões. As transações do sistema central de reservas caíram 62%, registrando 11 milhões. O prejuízo operacional foi de US$ 19 milhões, contra os US$ 6 milhões no segundo trimestre de 2019.
O aumento no prejuízo operacional deveu-se principalmente à redução nas transações de CRS impulsionadas pela covid-19, parcialmente compensado por uma redução nos custos de transação e redução de despesas relacionadas com o pessoal resultante da implementação de ações de diminuição de gastos.