Em ano de pandemia, a Expedia estima uma queda global de aproximadamente 70% em seu negócio central, que é o setor de hospitalidade, na comparação com o ano passado, mas o pior já passou e mês a mês a agência de viagens on-line norte-americana vai se aproximando dos números pré-crise, com América Latina como uma das protagonistas nesta retomada.


A avaliação é da vice-presidente sênior de Parcerias Estratégicas Globais para Hospedagem e Aluguel de Temporada do Expedia Group, Zuhairah Washington. Ela dá conta de que a empresa saiu na frente durante esta crise e reforçou a parceria com os hotéis de grande e pequeno portes afetados. Tecnologia foi essencial neste processo.

"Claro que estamos preocupados com os viajantes, mas para nós é fundamental que os parceiros também se mantivessem ocupados e se desenvolvessem neste período desafiador. Esse foi o maior foco da minha equipe", afirma.

"Uma dessas ferramentas foi a API Rev+ Insights, que ajuda os hoteleiros a captarem as novas demandas geradas neste período sem precedentes. É uma ferramenta gratuita que leva nosso parceiro além do trivial, muito além de oferecer o quarto mais barato, e o ajuda a tomar decisões mais qualificadas em um período em que os dados históricos não são mais tão relevantes", completa Zuhairah.

Em novembro, o Expedia Group criou uma nova API para o Rev+ e o Sabre Hospitality foi o primeiro parceiro de conectividaide a incorporar os novos insights em sua plataforma.

Outro investimento da Expedia em seus parceiros neste ano foi a ampliação de sua plataforma de distribuição B2B, o chamado Programa de Distribuição Otimizada, que ficou marcado principalmente pelo acordo anunciado com a Marriott há cerca de um ano e meio. Em agosto deste ano a empresa deu acesso a empresas de médio e grande porte, que podem, por meio deste programa, explorar novas áreas da demanda B2B e dar a elas maior controle de suas tarifas, disponibilidade e conteúdo em uma rede de provedores globais de viagens.

"Ampliar o Programa de Distribuição Otimizada é chave em nossa estratégia. O número de parceiros que aderiram a ele cresceu muito desde que disponibilizamos para players de médio porte. Para nós é fundamental assegurar que este programa seja acessível para parceiros que não tenham todos os recursos. É uma maneira de democratizar a distribuição B2B na hotelaria", afirma. "A parceria com a Marriott vem sendo muito bem sucedida e queremos que o mesmo aconteça com os novos parceiros", afirma.

Sobre as tendências e realidades da retomada, Zuhairah Washington reforça que o doméstico é a bola da vez nos principais mercados da Expedia, e essencialmente viagens de lazer. "Prioritariamente é importante falar sobre a reconexão. O viajante vai buscar afeto. Famílias, amigos estão sendo fundamentais para superarmos esta pandemia, e isso vai ser procurado também nas viagens. Vamos buscar nossas conexões", afirma. "Estou otimista também com o fato de que as viagens devem ainda mais inclusivas de agora em diante. Todas as comunidades buscarão seu senso de pertencimento, e isso deve ser oferecido pela indústria. Apesar de um ano difícil, estou empolgada com o que virá daqui em diante, principalmente para colher os frutos de nosso investimento em tecnologia, o que na verdade já vem acontecendo."

Por fim, ela reafirma a importância de hotéis e outros meios de hospedagem se focarem em aplicar protocolos rígidos de biossegurança e saber comunicá-los bem para tranquilizar os viajantes.