Henrique Santiago   |   19/09/2017 15:11

Jetblue: United, Delta e AA favorecem protecionismo

O diretor executivo da low cost, Robin Hayes, posicionou-se contra a iniciativa de American, Delta e United de “fechar” os céus para as empresas árabes

As constantes trocas de farpas entre as três grandes companhias aéreas dos Estados Unidos e do Golfo Pérsico ainda geram polêmica. Agora, a Jetblue, a sexta maior norte-americana, saiu em defesa de Emirates, Etihad e Qatar.

O diretor executivo dalow cost, Robin Hayes, posicionou-se contra a iniciativa de American, Delta e United de “fechar” os céus para as empresas árabes. Para o profissional, elas tentam “usar seus músculos e bolsos fundos para limitar a competição”.

“As três grandes agem como se fosse o fim do mundo. Não há erro, essa batalha não é contra a indústria aérea dos Estados Unidos contra o Oriente Médio. Acreditamos que são as três mega companhias aéreas favorecem o protecionismo sobre a concorrência”, disse ao Aero Club of Washington,segundo reportado pelo site Skift.

Ainda de acordo com Hayes, as três aéreas, juntamente com a Southwest, têm uma “concentração surpreendente de poder” nos céus dos Estados Unidos. O executivo destaca que as quatro detêm até 80% do market share doméstico, impossibilitando o crescimento da Jetblue em aeroportos congestionados e, de certa forma, dominados por elas, como Los Angeles e Atlanta.

O controle sobre os céus norte-americanos faz Hayes comparar as três maiores a “bullies” por não permitirem a entrada de outros players.

“Tem havido muita paranoia e muitos mitos sobre isso tudo. Francamente, é ridículo. Nós vamos continuar lutando, pois se as três grandes são completamente bem-sucedidas, não apenas vão cortar um grande fluxo de turistas estrangeiros para os Estados Unidos, como também irão convidar outras nações a retaliarem contra o país. E não somente no Oriente Médio, mas ao redor do globo e à nossa malha internacional de crescimento”, finalizou.

RESPOSTA QUENTE
Em resposta, a Open & Fair Skies, o conglomerado criado por American, Delta e United, respondeu por meio de seu porta-voz. "Em vez de abordar os subsídios que prejudicam o mercado que ameaçam os empregos americanos, as transportadoras do Golfo e seus aliados estão pressionando por um processo de revisão separado inteiramente não relacionado com o Open Skies. Essa é simplesmente uma tática de atraso destinada a evitar que a administração Trump imponha esses acordos comerciais e promova os empregos americanos", declarou Jill Zuckman.

Na ofensiva, o executivo diz que o apoio da Jetblue poderia não existir se a concorrente "não se beneficiasse de bilhões de dólares em subsídios ilegais da Emirates" e teria a noção que todas as partes devem estar alinhas com as leis internacionais.


*Fonte: Skift

conteúdo original: http://bit.ly/2xufh4w

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