Henrique Santiago   |   02/01/2018 16:21

Varejo deve perder R$ 11,3 bi com feriados, diz Fecomercio

A Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) estima que o varejo brasileiro deve perder R$ 11,3 bilhões em razão de feriados nacionais e emendas em 2018. O valor está 15% acima do projetado no ano


Flickr/Maitre Yoda
Vitrine,Comercio,Comércio,Serviços
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Enquanto o Turismo mostra-se ansioso para aproveitar 2018 e seus muitos feriados prolongados, a Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) estima que o varejo brasileiro deve perder R$ 11,3 bilhões em razão de feriados nacionais e emendas em 2018. O valor está 15% acima do projetado no ano passado.

Esse aumento é motivado unicamente pela projeção de crescimento nas vendas do setor para 2018, uma vez que o número de feriados e das chamadas “pontes” será o mesmo que em 2017.

As perdas das lojas de vestuário, tecidos e calçados possivelmente vão atingir R$ 1,3 bilhão (+25%). Em termos de faturamento, o destaque é o segmento de outras atividades, que perderá em torno de R$ 4,6 bilhões, 13% a mais que em 2017. Nesse grupo, é preponderante o comércio de combustíveis, além de joias e relógios, artigos de papelaria etc.

Já os setores ligados aos bens essenciais devem contribuir com 38% do total da perda no próximo ano. Para a Fecomercio-SP, as vendas de supermercados deverão ficar R$ 2,7 bilhões abaixo, 7% acima do calculado para 2017, enquanto as farmácias e perfumarias tendem a registrar perda de R$ 1,6 bilhão (+18%).

Para chegar a esse resultado, a instituição desconsiderou feriados estaduais e municipais, embora considere que esses dias de descanso também prejudicam a atividade comercial no País. Ainda, foram excluídos os setores que comercializam bens duráveis, como veículos, eletrodomésticos e materiais de construção, pois se tratam de consumos planejados, de modo que, independentemente de feriados ou pontes, a compra será realizada.

Desta forma, o estudo se limitou aos feriados nacionais e aos setores passíveis de sofrerem uma redução no ritmo de vendas, em que a compra por impulso é relevante, como roupas e calçados e perfumaria e cosméticos. Os impactos da Copa do Mundo na Rússia, que será realizada entre os meses de junho e julho em que o Brasil jogará em dias de semana, também não foram considerados.

A Fecomercio-SP, no entanto, não avalia como o setor de viagens se beneficia desse período de feriados.



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