Criada em junho pela Air France, a Joon terá como público de maior foco os millennials. No entanto, o CEO do grupo, Jean-Marc Janaillac, contou em uma entrevista que o foco não é apenas atender viajantes com menos de 35 anos e sua criação foi mais uma necessidade econômica para proteger a aérea do mercado competitivo de companhias de baixo custo, como conta o site Skift.

Assim que ingressou na empresa, Janaillac percebeu que a Air France precisaria de uma nova marca, similar às lançadas pela Air Canada (Rouge), Lufthansa (Eurowings) e pelo Airlines Group (Level). “É o mesmo tipo de produto, mas com itens diferentes que estão mais relacionados à maneira que as pessoas estão vivendo atualmente. Ela será mais digital e estamos usando como um laboratório em termos de marketing e preços”, informa.

Posicionar a marca Joon, que começará a operar voos de curta distância em dezembro, será um desafio. Seu perfil moderno na rede social Instagram e parceria com empresas como Airbnb pode soar típico para millennials, mas, inicialmente, muitos dos passageiros serão os mesmos clientes da Air France. Os voos serão de Paris para Barcelona, Berlim, Lisboa e Porto e ano que vem operará em Fortaleza e Mahé, em Seychelles – destinos que interessam passageiros de todas as idades.

O principal objetivo da Joon será cortar gastos. O CEO afirma que os custos serão de 15 a 18% menores que os da Air France. É o suficiente para voltar a mercados como a ilha de Mahé, que a aérea deixou de operar anos atrás, devido à concorrência com companhias do Golfo.

As aeronaves voarão por dia mais horas do que as da Air France e dependerá mais de publicidade digital e venda direta de bilhetes. Na classe econômica, tudo será cobrado, exceto água, café, chá e suco de laranja e, na executiva, a refeição estará inclusa. Muitos passageiros perceberam que as aéreas de baixo custo são realmente mais baratas e a criação desta marca poderá dar a chance de retomar esses clientes.

*Fonte: Skift

conteúdo original: http://bit.ly/2lsypM1