Beatrice Teizen   |   03/10/2022 17:31
Atualizada em 07/12/2022 10:47

Lufthansa Group fala das mudanças nas viagens corporativas; confira

Veja a entrevista com o vice-presidente sênior do grupo, Frank Naeve, que fala deste e outros temas

Com o intuito de trazer informações diversas e fazer um raio-x do que está acontecendo na indústria de viagens corporativas, a Academia de Viagens Corporativas e a PANROTAS realizaram na quarta-feira (28) passada o Download, primeira edição do evento fruto da parceria.

O conteúdo da programação foi criado a partir de uma série de entrevistas internacionais com profissionais e especialistas. Nos próximos dias, publicaremos no PANCORP e no Portal PANROTAS os bate-papos que inspiraram a agenda do Download e uma série de discussões valiosas a respeito desta indústria que vem mudando e se reinventando nos últimos meses – e anos.

Confira a seguir a entrevista com o vice-presidente sênior do Lufthansa Group, Frank Naeve.

PANROTAS / Artur Luiz Andrade
Frank Naeve, vice-presidente sênior do Lufthansa Group
Frank Naeve, vice-presidente sênior do Lufthansa Group
PANROTAS – Qual você acredita que será a maior mudança na indústria da aviação depois da pandemia?

FRANK NAEVE – Acho que a maior mudança é a mudança na demanda, tanto em viagens a lazer quanto corporativas. Isso certamente causará um desafio para as companhias aéreas, mas nós acreditamos que, com uma forte orientação aos clientes e também mais flexibilidade, vamos conseguir superar esse desafio.

PANROTAS – Falando com os gestores de viagens, qual você acha que são os dois fatores que eles devem focar agora?

FRANK – Não é muito o que nós acreditamos que eles devem focar, mas, sim, o que estamos ouvindo dos próprios gestores e o que estamos vendo. São dois assuntos principais que não são novos, mas que continuam sendo muito importantes: sustentabilidade e distribuição.

PANROTAS – Sobre as demandas desse novo viajante, ou desse viajante misto, o que você acredita que mudou? O que eles estão buscando em uma companhia aérea agora?

FRANK – Uma coisa é muito clara para o viajante corporativo e que nós temos uma boa solução é em termos de rede que oferecemos. O serviço ao consumidor também continua muito importante e, como um dos assuntos principais, cada vez mais e mais viajantes estão olhando para opções mais sustentáveis para viajar.

PANROTAS – Olhando para daqui dois ou três anos, como você diria que este relacionamento (viajante corporativo, TMC, gestor e aérea) e o negócio da aviação vai evoluir neste cenário?

FRANK – No ambiente B2B, ter transparência e confiança continuará sendo extremamente importante. E um fator importante para as áreas é criar soluções que adicionem valor, tanto para as empresas quanto para as TMCs. E essas soluções podem ser em termos de acordos comerciais, de rede, mas também devem cobrir as questões de sustentabilidade, assim como distribuição.

PANROTAS – Qual o principal desafio para o seu trabalho diário? O que te desafia todos os dias?

FRANK – Meu maior desafio no dia a dia é como podemos inovar o negócio. Como podemos definir soluções que podem agregar valor aos nossos clientes. Pode ser em termos de produtos que oferecemos no mercado, mas também olhar em implementar soluções de distribuição. Acredito também que o tópico sustentabilidade e ter a certeza que o que nós estamos fazendo como companhia aérea entrega valor tanto para as corporações quanto para as TMCs, e esse tópico provavelmente é o maior desafio que as aéreas enfrentarão nos próximos anos em termos do que podemos fazer.

PANROTAS
– Quais são os principais itens de sustentabilidade focados pela Lufthansa?

FRANK – Sustentabilidade é um tópico importante para nós. No grupo temos três pilares principais que estamos desenvolvendo. Um é a renovação da nossa frota: comprar mais aeronaves que tenham eficiência de combustível. O segundo é o combustível sustentável. Acreditamos que este será um grande condutor em termos de reduzir emissões. O terceiro é o nosso clean tech hub, onde estamos trabalhando em mais de 80 projetos com várias empresas para desenvolver soluções inovadoras. Acreditamos que algumas soluções relacionadas à sustentabilidade ainda não tenham sido criadas e serão criadas em parceria com outras empresas. E outro ponto muito importante também é a questão de remover plástico da nossa cadeia de suprimentos e garantir que tenhamos uma visão holística do tema sustentabilidade.



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