Fusões na hotelaria abrem caminho a novos modelos, aponta especialista
Estar presente em todo o percurso do ciclo de compras do cliente é um dos modelos surgindo. Confira
As consolidações e fusões que pautaram os debates sobre os desafios e tendências da hotelaria ao longo de 2016 vão continuar. Mais do que reacomodar o mercado diante da atual conjuntura econômica tanto no Brasil quanto lá fora, a união de empresas e marcas também abrem caminho para novos modelos.
Em debate junto com o vice-presidente de Vendas para Caribe e América Latina da Marriott Hotels, Alex Fiz, durante a 3ª Conferência Anual HSMai Brasil, que acontece em São Paulo esta quinta-feira, o diretor de Distribuição do Intercity Hotéis, Paulo Salvador, apontou as motivações tanto de fornecedores quanto compradores do segmento hoteleiro em relação às consolidações.
"Por que tem esse movimento? No caso dos suppliers, a fusão pode significar queda no custo de distribuição e ganho de escala para negociar com os buyers. Mas não é só isso. A capacidade de maximizar o tráfego dos portais, todo o percurso do ciclo de compras do cliente, também conta."
Segundo o executivo, uma recente pesquisa do Google mostrou que o tráfego é disperso atualmente, com um comprador chegando a navegar mais de 30 sites até fechar sua viagem. "Os buyers querem dominar o ciclo de compras do cliente, enquanto o supplier estão na defensiva, na preservação dos negócios."
Salvador frisa que as fusões devem continuar aparecendo no futuro próximo dos dois lados. "Ainda tem um distanciamento entre a concentração dos buyers e suppliers. Do lado das OTAs (buyers), há essa busca de controle do tráfego. As fusões tendem a ser horizontais - e não verticais."
Para ele, a conquista de um market share mais elevado possibilita barganha aos hoteleiros, uma vez que o buyer reconhece sua maior importância.
IMPACTOS
Os principais impactos devem cair sobre os hotéis midscale. "Quem está ameaçado nesse modelo de consolidações são os médios. Os independentes hoje têm tecnologia para se associar a um sistema e podem proporcionar reservas diretas ao site - em vez do cliente ter que telefonar. Se eu tivesse que dar uma única mensagem aos independentes seria para cuidarem de sua reputação, principalmente nas redes sociais."
Em debate junto com o vice-presidente de Vendas para Caribe e América Latina da Marriott Hotels, Alex Fiz, durante a 3ª Conferência Anual HSMai Brasil, que acontece em São Paulo esta quinta-feira, o diretor de Distribuição do Intercity Hotéis, Paulo Salvador, apontou as motivações tanto de fornecedores quanto compradores do segmento hoteleiro em relação às consolidações.
"Por que tem esse movimento? No caso dos suppliers, a fusão pode significar queda no custo de distribuição e ganho de escala para negociar com os buyers. Mas não é só isso. A capacidade de maximizar o tráfego dos portais, todo o percurso do ciclo de compras do cliente, também conta."
Segundo o executivo, uma recente pesquisa do Google mostrou que o tráfego é disperso atualmente, com um comprador chegando a navegar mais de 30 sites até fechar sua viagem. "Os buyers querem dominar o ciclo de compras do cliente, enquanto o supplier estão na defensiva, na preservação dos negócios."
Salvador frisa que as fusões devem continuar aparecendo no futuro próximo dos dois lados. "Ainda tem um distanciamento entre a concentração dos buyers e suppliers. Do lado das OTAs (buyers), há essa busca de controle do tráfego. As fusões tendem a ser horizontais - e não verticais."
Para ele, a conquista de um market share mais elevado possibilita barganha aos hoteleiros, uma vez que o buyer reconhece sua maior importância.
IMPACTOS
Os principais impactos devem cair sobre os hotéis midscale. "Quem está ameaçado nesse modelo de consolidações são os médios. Os independentes hoje têm tecnologia para se associar a um sistema e podem proporcionar reservas diretas ao site - em vez do cliente ter que telefonar. Se eu tivesse que dar uma única mensagem aos independentes seria para cuidarem de sua reputação, principalmente nas redes sociais."