O segmento de viagens corporativas demonstrou reaquecimento durante o primeiro trimestre de 2017, puxado principalmente pelos resultados do setor aéreo nacional e internacional. É o que indica a pesquisa de vendas realizada pela Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) com suas 30 associadas. Segundo a entidade, o faturamento total do período teve alta de 10,2%.

O aéreo internacional teve crescimento de 21,3% nas vendas no período, atingindo um faturamento de mais de R$ 876,3 milhões. A Abracorp destaca o desempenho positivo da Tap, com maior crescimento na rota para a Europa (72,5%), e da Delta (54,2%), por conta rota Brasil-Estados Unidos.

O faturamento do aéreo também teve alta no período, com crescimento de 13,1%. O total das vendas no primeiro trimestre para o setor foi de mais de R$ 1 bilhão. A associação aponta como destaque o desempenho da Avianca, que teve alta de 25,7%. No entanto, a Gol permanece na liderança, tanto no quesito de bilhetes emitidos como de receita.

HOTELARIA
A hotelaria nacional teve queda de 10,7% nas vendas do primeiro trimestre, com o faturamento indo de R$ 442,1 milhões para R$ 394,6 milhões. O preço da diária média caiu 3,2% - de R$ 225 para R$ 218. Para a Abracorp, a discrepância em relação ao segmento aéreo está relacionada às mudanças nas agendas dos executivos e empresários, com redução no tempo de permanência no destino com o objetivo de economizar.

A queda também foi registrada na hotelaria internacional, com retração de 9,7%. O faturamento, portanto, oscilou de R$ 95,6 milhões para R$ 86,4 milhões. O resultado, para a Abracorp, também está relacionado à "austeridade das empresas no agendamento de viagens ao Exterior, além do suposto impacto dos meios de hospedagem alternativos".

MEIOS DE PAGAMENTO
Em relação aos meios de pagamento, a Abracorp destaca que 66,3% das vendas do aéreo foram realizados com cartão, contra o faturado de 33,7%. Na hotelaria e serviços, no entanto, o faturado liderou, com 52,9%.

LOCAÇÃO E TRANSFERS
O setor de locação nacional teve queda de 6,2%, de R$ 38,6 milhões para R$ 36,2 milhões. A pesquisa indica Avis (66,3%), Movida (4,3%) e Localiza (3,1%) como destaques positivos. A locação internacional, por sua vez, teve retração de 30,6%, de R$ 10,4 milhões para R$ 7,2 milhões. Nesse cenário, a Hertz aparece como líder absoluta, segundo a pesquisa, que também destaca a inserção da Movida no mercado corporativo internacional.

O segmento de transfers, tanto nacional como internacional, cresceu 138,6% no período avaliado pelo estudo.