Amex GBT avalia potencial venda após queda nas ações e integração da CWT
Companhia poderia despertar interesse de outros grandes players do setor de viagens corporativas
A American Express Global Business Travel (Amex GBT), considerada uma das maiores gestoras de viagens corporativas do mundo, está avaliando uma possível venda da companhia. Com mais de 20 mil clientes corporativos combinados, a Amex GBT tornou-se um ativo ainda mais relevante recentemente.
Segundo a Bloomberg, a empresa já até contratou consultores para analisar alternativas estratégicas após enfrentar um período difícil na Bolsa de Nova York. As ações da Amex GBT acumulam queda de cerca de 20% desde o início de 2025, mesmo após divulgação recente de resultados operacionais positivos.
Fontes próximas ao assunto apontam que a companhia poderia despertar interesse de outros grandes players do setor de viagens corporativas, além de fundos de private equity. Não há, no entanto, garantia de que uma venda será concluída, até porque a companhia não se pronunciou sobre o caso.
No terceiro trimestre de 2025, a Amex GBT reportou receita de US$ 674 milhões, um crescimento de 13% ano a ano. O número foi impulsionado principalmente pela incorporação da CWT, adquirida por cerca de US$ 540 milhões em setembro, após 17 meses de revisão regulatória e negociação.
Mesmo com avanço em receita e ganho de escala, analistas apontam três possíveis motivos que justificam a avaliação de uma venda: desempenho fraco das ações; consolidação agressiva do setor; e atratividade pós-aquisição da CWT.
Aliança estratégica com SAP Concur reforça foco em tecnologia
Em outubro, a Amex GBT anunciou uma parceria global com o SAP Concur, considerada uma das maiores plataformas do mundo de despesas e gestão de viagens corporativas. As empresas apresentarão, em 2026, um novo produto integrado chamado Complete, que unirá reservas, despesas, políticas e relatórios em um único sistema.
O plano também inclui uma próxima geração da plataforma Egencia, com uso intensivo de inteligência artificial para recomendação de viagens, política dinâmica e otimização de custos. O movimento foi visto no mercado como uma resposta à crescente digitalização do setor de viagens corporativas.
Caso uma negociação avance, especialistas projetam:
- Possíveis revisões regulatórias, já que a integração Amex GBT + CWT já havia levantado questionamentos concorrenciais no Reino Unido.
- Mudanças em contratos corporativos, especialmente para grandes multinacionais que utilizam a empresa para gestão global de viagens.
- Reação de concorrentes, que podem acelerar movimentos de tecnologia e fusões para não perder relevância.
- Adoção acelerada de soluções baseadas em Inteligência Artificial, tendência clara no setor e reforçada pela parceria com SAP Concur.
Com informações da Bloomberg.
