Localizado no centro do Plano Piloto, Distrito Federal, o Centro de Convenções Ulysses Guimarães é novamente tema de consulta pública até a próxima segunda-feira (29) para um novo modelo de negócios.

Após sua última proposta de modelo de concessão passar por alterações no Tribunal de Contas do Distrito Federal, a unidade responsável por fiscalizar as parcerias público-privadas do governo de Brasília decidiu estender a consulta a empresários e interessados na pareceria. A população pode sugerir alterações no contrato que concederá a administração do espaço para um parceiro privado pelos próximos 20 anos.

Inaugurado em março de 1979, o centro de convenções foi reformado e ampliado em 2000 e reinaugurado em setembro de 2005. Atualmente tem capacidade para 9,4 mil pessoas e abrange uma área de 54 mil metros quadrados, sendo 37 mil de área construída que inclui cinco auditórios, 13 salas modulares para reuniões, cafeterias, salas vip, camarins, posto média e área de exposições.

De acordo com o governo de Brasília, apesar do potencial, o centro de convenções "carece de gestão arrojada, sobretudo na capacitação de eventos, para que retome a sua função de fomento do trade turístico, que é fonte geradora de oportunidades de negócios e de empregos direitos e indiretos, o que reforça o impacto positivo da atividade turística na economia do Distrito Federal".

MUDANÇAS
De acordo com o Tribunal do Contas, entre as mudanças no projeto que visa um modelo de concessão ao centro está o tempo de parceria, que caiu de 30 para 20 anos. As obras iniciais que o concessionário deve fazer também mudaram. Em um primeiro momento, o parceiro ficaria responsável pela construção de restaurante, de cozinha e de estacionamento particular com mil vagas, além da ampliação do estacionamento público, da manutenção e da infraestrutura do empreendimento.

Atualmente, o estacionamento tem capacidade para 120 carros e conta com seis vagas para ônibus.

No caso da infraestrutura, o concessionário terá a responsabilidade no combate a incêndio e a vigilância eletrônica do lugar, além de renovar o sistema elétrico e de ar-condicionado e reformar os banheiros. A vencedora do certame deverá, ainda, revitalizar a Praça dos Namorados para deixar a área apta a receber o público.

O prazo para concluir os trabalhos era de dois anos. Contudo, o restaurante e o estacionamento subterrâneo foram descartados no processo, conforme sugestões em consulta pública e em audiência pública anteriores.