Felippe Constancio   |   14/09/2016 14:13

Meet Africa volta com força em Mice e pluraliza propostas

África do Sul tem suas portas abertas nesta quarta-feira (14) na capital paulista para o "Meet Africa", workshop promovido pela SAA que reúne 32 expositores e 32 operadores para oportunidade de negócios


Jhonatan Soares
Marcelo Marques, da SAT, em reunião no Meet Africa

Com voos diários da South African Airways (SAA) e a estreia da Latam para Joanesburgo em outubro, a África do Sul tem dado atenção especial ao mercado brasileiro, este considerado prioritário para o órgão de promoção turística South African Tourism (SAT).

Por isso, neste ano, a entidade fará um roadshow passando por capitais brasileiras para treinar tanto os novos quanto os agentes de viagens mais veteranos no destino. Antes de iniciar as missões no Rio de Janeiro (16), em Belo Horizonte (19) e em São Paulo (20), contudo, a África do Sul tem suas portas abertas nesta quarta-feira (14) na capital paulista para o Meet Africa, workshop promovido pela SAA que reúne 32 expositores e 32 operadores para oportunidade de negócios.

Repleto de decision makers, o Meet Africa promete terminar o dia com negócios semeados tanto para destinos a lazer quanto Mice, já que fornecedores africanos como Sabi Sabi e Sun Lux Collection chegam com propostas atraentes em viagem de incentivo, como ressalta o country manager da aérea para o Brasil, Altamiro Medici.

"A África do Sul tem mostrado força nas viagens de incentivo. Em 2014, a Petrobras levou 1,2 mil funcionários, em dois grupos de incentivo de 600. Neste ano, grandes empresas como Dunlop, GM, Itaú e grandes farmacêuticas têm promovido incentivos."

A diretora da African Anthology, Ruth Bassett, salienta que a empresa de experiência em safáris foca no corporativo com a customização de experiências nas viagens de incentivo. "Nosso portfólio de estabelecimentos serve para uma ampla gama de hóspedes e suas expectativas, e programamos os passeios de acordo com o que o cliente espera dar de valor à experiência."

As aéreas africanas também mostram seu interesse no corporativo brasileiro. A partir de Joanesburgo, a SAA tem voos diários para Angola, além de operar rotas a destinos que normalmente acompanham as viagens de brasileiros à África do Sul. "Fora a integração dos Brics, a gente tem fora da África do Sul uma demanda muito grande para Angola, Moçambique, onde está a Vale, e Nigéria, por conta da indústria de petróleo e gás. Em Angola há muitas construtoras brasileiras ligadas a projetos de infraestrutura", conta Medici.

Jhonatan Soares
Acima, a equipe da SAA que promove o Meet Africa que acontece em São paulo nesta quarta-feira (14)



LAZER
Apesar da crise, os números do SAT têm mostrado aumento no número de chegadas de brasileiros à África do Sul, frisa o executivo. "Mas essa recuperação será mais veloz em função da economia. Pelo menos o PIB brasileiro não será negativo em 2017. A partir de 2018, espera-se uma demanda mais forte e crescimento mais robusto."

Mas por hora, a crise gera oportunidade por conta da desvalorização da moeda sul-africana, o rand. "Com R$ 1 você compra quatro rands e meio, o que vale a pena com uma hotelaria e alimentação em conta, além das promoções de tarifas na baixa temporada. É acessível a todas as camadas", diz Medici.

Destino visado por casais em lua de mel ou que buscam um destino alternativo aos europeus, a África do Sul tem conquistado cada vez mais mochileiros desde a Copa do Mundo de 2010, quando conquistou confiança mundial ao não registrar nenhum incidente envolvendo turistas. Havia um medo por desconhecimento. As áreas turísticas são tão seguras quanto outros países da Europa. Por isso, além de casais que fazem bush and beach (safári na África do Sul e praia em Maurício, por exemplo), há bastante esportistas. No segmento de esporte, o país tem o surf, com uma etapa do mundial inclusive, bem como ciclismo, ultra maratonas e rúgbi, que atrai grupos argentinos entre dezembro e março."

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