Beatrice Teizen   |   25/09/2025 14:11
Atualizada em 25/09/2025 15:49

Controle e visibilidade de dados são dores na gestão de viagens, aponta VOLL

Pesquisa da travel tech foi feita com 135 travel managers e mostra temas mais latentes de suas rotinas

PANROTAS / Emerson Souza
Luiz Moura, da VOLL
Luiz Moura, da VOLL

Para fechar com chave de ouro a temporada de 2025 do Primeira Classe, evento de capacitação da VOLL em parceria com a Alagev, a travel tech apresentou na manhã desta quinta-feira (25) uma pesquisa inédita realizada com 135 travel managers para entender quais as principais dores na gestão.

Com a pergunta "O que mais impacta a sua eficiência hoje, à frente da gestão de viagens?", o intuito foi descobrir os temas mais latentes, principalmente em relação aos avanços na indústria, novas tecnologias e capilaridade de conteúdo.

"Cada vez mais os gestores têm sido procurados e estimulados a desenvolver habilidades e competências para entregar mais resultados com menos esforços. O levantamento traça um panorama atual dos principais gargalos enfrentados por tomadores de decisão, revelando que a falta de integração entre sistemas, os processos operacionais manuais e a ausência de relatórios confiáveis ainda comprometem a eficiência da gestão", diz o cofundador da TMC, Luiz Moura.

PANROTAS / Emerson Souza
Luana Nogueira, da Alagev, e Luiz Moura, da VOLL
Luana Nogueira, da Alagev, e Luiz Moura, da VOLL

Entre os levantamentos da pesquisa, estão as seguintes dores:

Dor 1: Tecnologia e sistemas

Total de menções diretas: 20

  • Plataformas engessadas, pouco intuitivas e com baixa integração;
  • Falta de automação em fluxos como pagamento e reembolso;
  • Conteúdo on-line limitado, forçando solicitações off-line (impacto no custo do serviço e da percepção de valor pelos solicitantes);
  • Relatórios inconsistentes e baixa geração de indicadores (dor proeminentemente em grandes empresas).


Dor 2: Dados, controle e visibilidade

Total de menções diretas: 30; e 60 votos na enquete

  • Dificuldade em consolidar dados de múltiplos fornecedores (um “grande painel” da gestão de viagens e despesas);
  • Falta de dashboards confiáveis e rastreabilidade de savings (grandes empresas apontaram “confiabilidade de dados” como uma dor latente);
  • Pouca visibilidade sobre gastos reais e políticas aplicadas (em especial, no compartilhamento destes dados com líderes internos e superiores);
  • Relatórios não confiáveis impactam a governança.


Dor 3: Processos operacionais

Total de menções diretas: 22

  • Prestação de contas e reembolsos manuais e demorados (validação feita pela figura do gestor de viagens; processo ainda centralizado);
  • Workflow de aprovação rígido e ineficiente;
  • Dificuldade na conciliação de pagamentos e bilhetes não voados;
  • Retrabalho recorrente e baixa escalabilidade.


Dor 4: Custos, tarifas e orçamentos

Total de menções diretas: 25; e 10 votos na enquete

  • Altos preços de passagens e tarifas inflexíveis;
  • Compras feitas com pouca antecedência geram custos elevados (pouco autonomia da gestão de viagens para reduzir o custo médio);
  • Perda de boas tarifas por atraso na aprovação ou faturamento;
  • Desconfiança sobre tarifas oferecidas pela agência.


Dor 5: Atendimento e relacionamento com fornecedores

Total de menções diretas: 15

  • Atendimento reativo, sem padronização entre países (plataforma, TMC);
  • Redução do poder de negociação com fornecedores (impacto da falta de visibilidade para composição da negociação);
  • Desejo por ecossistema único e integrado (viagens, mobilidade e despesas corporativas).


Dor 6: Política de viagens e compliance

Total de menções diretas: 18

  • Baixa adesão à política, especialmente pela diretoria;
  • Falta de gestão de consequências e exceções frequentes (compras fora da política só geram impacto na gestão de viagens);
  • Necessidade de flexibilização por cargo ou perfil;
  • Dificuldade em aplicar política de forma padronizada.


"A pesquisa mostrou que a falta de integração de sistemas, dados imprecisos e plataformas engessadas são gargalos que atravessam as empresas de todos os portes e setores. E que o papel do gestor de viagens evoluiu – de operacional para estratégico –, mas o ecossistema ao redor ainda não acompanhou esse movimento de forma plena. Por isso, unir tecnologia confiável, processos fluidos e uma governança colaborativa srá o próximo grande passo para transformar a dor recorrente em valor percebido", conclui o executivo.

A VOLL apresentou os resultados a gestores de viagens no último Primeira Classe deste ano, realizado nesta quinta-feira, no Pullman Ibirapuera, em São Paulo. Veja fotos abaixo.


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Sobre o autor

Jornalista formada pela PUC-SP, com experiência em redações como Forbes Brasil e Agora São Paulo, além de colaborações para CNN Brasil e UOL. Entrou na PANROTAS em 2017, com foco especialmente no PANROTAS Corporativo, e, desde 2021, atua como coordenadora de Redação