Felippe Constancio   |   16/08/2016 11:03

Gestor de risco sugere atenção total em tempos de terrorismo

Mas para o especialista em risco e CEO da iJet Internacional, Bruce McIndoe, o gerenciamento de risco deve ir além das viagens e eventos corporativos nos dias de hoje.


U.S. Naval Forces Central Command/Flickr

Gerenciamento de risco tem muitos motivos para ser colocado em segundo plano. Além de trazer custos, ele trabalha com chances mínimas do plano de viagem dar errado a partir de fenômenos naturais ou fatalidades. Em certos casos, considerar as chances de acidentes pode quebrar o itinerário perfeito, como quando um grupo de viajantes corporativos precisa ser separado simplesmente por ser de um mesmo setor na empresa.

Exagero? Em junho de 2009, quando o Airbus A330 da Air France caiu no Atlântico partindo do Rio de Janeiro para Paris, a empresa francesa CGED perdeu dez funcionários que estavam acompanhados de nove cônjuges - todos aproveitavam uma viagem de incentivo.

Entretanto, para o especialista em risco e CEO da Ijet Internacional, Bruce McIndoe, o gerenciamento de risco deve ir além das viagens e eventos corporativos nos dias de hoje. Para uma conjuntura de disseminação de doenças e ameaça de terrorismo, o executivo sugere que os viajantes sejam cada vez mais bem orientados sobre como solicitar serviços a seu conforto e segurança e que o gerenciamento de risco seja generalizado.

"Vemos mais e mais casos de terrorismo em Bruxelas, Paris e Istambul. Nós temos muita gente em escritórios e por isso temos falado sobre gerenciamento de risco de pessoas. Olhando de maneira geral, todo mundo é impactado - e não apenas os viajantes temporários. Por isso, basta olharmos para a Olimpíada e às cidades que contam com um staff para isso para ver que é preciso considerar o gerenciamento geral de todos."

Para McIndoe, é fundamental que as empresas se preparem para um gerenciamento de ponta. "É o que temos pregado. É tudo uma questão de conhecimento, de preparação. Você não trabalhar no 'modo reativo', então, sempre que puder, evite que seu viajante tenha problemas."

O "modo reativo" ao qual o executivo se refere é um dos recursos da ferramenta Travel Risk Management Maturity Model (TRM3) lançado pela iJet junto com a GBTA, em abril deste ano. O software, que traz um desempenho detalhado de cada área do gerenciamento de risco no programa de uma empresa, mede a qualidade em uma escala de um a cinco - "modo reativo", quando a empresa não tem um programa proativo de gerenciamento de risco e o responsável apenas reage ao ocorrido; "modo definido", quando a empresa tem políticas mas peca na execução destas; "modo proativo", quando os empregados da empresa incorporam as políticas em treinos; "modo gerenciado", quando a empresa já tem seus processos aplicados e executados; e "modo ótimo", quando a empresa atinge seu nível de maturidade em gerenciamento de risco.

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