Felippe Constancio   |   11/08/2016 14:42

Satisfação do executivo entra na lista de prioridades nas viagens corporativas

Por anos a maior parte dos departamentos de compras das empresas tinha metas de cortar custos. No entanto, cada vez mais empresas clientes procuram um equilíbrio dos custos entre satisfação do executivo e necessidade das companhias, acreditam eles.


Tjook/Flickr

Hotéis afastados do itinerário de reuniões e fábricas, cômodos que poderiam ser melhores, carros que bebem muito e andam pouco. A busca das empresas pelo corte de custo nas viagens corporativas pode tornar a experiência do viajante um feedback negativo ao trabalho da agência.

Como acreditam os executivos de Marketing Global da Egencia, Michael Gulmann e Jean Noel Lau Keng Lun, por anos a maioria dos departamentos de compras das empresas tinha metas de cortar custos. No entanto, cada vez mais empresas clientes procuram um equilíbrio dos custos entre satisfação do executivo e necessidade das companhias, acreditam eles.

Adequar as demandas dos viajantes às ofertas de serviços disponíveis nas viagens a lazer e aos custos das empresas é o desafio da vez. O resultado final vem de uma fórmula que tem tecnologia e satisfação do cliente viajante como variáveis para o sucesso. Para determinar a satisfação do viajante, o fator segurança também acaba entrando na conta, como observaram os executivos na última conferência GBTA, em Denver (Estados Unidos), dados os recentes ataques terroristas e turbulência política em várias economias.

Integridade do viajante corporativo, por sinal, tem sido tópico de conferências. Uma das "mesas de discussão" da GBTA passada trouxe uma pergunta que todo travel manager espera conseguir responder: "Os serviços de economia compartilhada vão dar a segurança adequada aos viajantes?"

Independentemente da opinião de cada um sobre a dinâmica desta economia, uma coisa é clara: segurança ainda é um terreno que as companhias contratantes ainda não exploraram em suas políticas de viagem. Travel managers de palestras da GBTA mal sabiam se os serviços de compartilhamento eram custeados pelas políticas de viagem de suas empresas.

Com as TMCs abrindo acesso a esse tipo de serviço, naturalmente cresce a importância do compromisso das empresas de ajustar e informar com clareza acerca das políticas nesse assunto. Isso porque, nas viagens, os executivos não checam a política de suas empresas antes de tomar certas decisões que podem impedir o esforço do travel manager de aliviar custos em tempos de crise.

Para se adiantar a essas tendências, os travel managers precisam definir quais serviços estão nas políticas das empresas, e atualizar o app da TMC e as ferramentas de reservas do site antes dos viajantes as usarem.

TECNOLOGIA E FUSÕES

Chris Isherwood/Flickr

Enquanto a indústria de viagens avança em tecnologia, o consenso geral é de que o ambiente das viagens corporativas tem um caminho a trilhar antes dessa tecnologia incluir as ofertas de lazer. Para o CEO da Expedia, Dara Khosrowshahi, este é um motivo para fusões acontecerem.

"Acredito que haverá fusões no ambiente de viagens corporativas porque algumas dessas companhias não têm escala para investir em tecnologia. Por isso, haverá muita fusão nessa indústria. O financiamento está barato e balizando as atividades de aquisição".

O aumento de investimento em tecnologia é uma boa notícia para os travel managers que lutam contra o vazamento de executivos que usam sites de usuários finais. As soluções corporativas que não são amigáveis não funcionam. Ao oferecer aos viajantes acesso a experiências familiares e de consumidores comuns, os travel managers ficam mais propensos a trazer aceitação natural e compliance em seus programas.

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