Karina Cedeño   |   18/01/2018 09:00
Atualizada em 08/02/2021 10:17

Videoconferências substituirão viagens corporativas?

Tecnologia tem sido uma aliada na hora de reduzir custos e as ferramentas de reunião


Shutterstock
Quando se trata de reduzir gastos com viagens corporativas, os gestores e as TMCs já sabem muito bem que a tecnologia pode ser uma boa aliada, ainda mais se ela se adapta às demandas das novas gerações. Não é de se admirar, portanto, que muitas empresas estejam apostando nas videoconferências para reduzir o número de viagens - e até substituí-las.

“O custo de hora improdutiva do funcionário durante a viagem geralmente supera o custo da viagem em si”, pondera o fundador da fornecedora de equipamentos para videoconferência Edge Data Communications, Roberto Jacobauskas Jr. Ele tem sentido um aumento significativo na demanda por esses equipamentos, principalmente no último ano, quando o faturamento da empresa foi 42% superior a 2016.

“Os avanços tecnológicos já são tantos que as empresas se questionam se o deslocamento de seus funcionários para outra cidade, Estado ou país vale o investimento ou se o tempo improdutivo deles na viagem sairá mais caro. Se for o caso, não vale a pena pedir para o colaborador se deslocar”, ressalta Jacobauskas. Mas a redução de gastos é apenas uma parte das soluções, segundo ele.

“Hoje os viajantes estão bem atentos à questão da qualidade de vida, principalmente os millennials. Eles querem uma jornada de trabalho flexível, que permita o home office e quando possível a participação em reuniões por videoconferência. Se o funcionário passa metade do tempo na estrada e boa parte desse tempo é improdutiva, ele vai se sentir esgotado, o que refletirá no orçamento da empresa na forma de altos custos com turnover e dificuldade de atrair (e reter) talentos”, explica o executivo.

Mas as videoconferências em si não são uma novidade, considerando que são utilizadas há mais de duas décadas no Brasil. "O grande diferencial é a forma como elas são utilizadas hoje. As empresas buscam cada vez mais por videoconferências mobile, que possam ser transmitidas e acessadas por qualquer aparelho, como celulares, notebooks e tablets, requisitos que atendem tanto às demandas dos viajantes corporativos quanto às das novas gerações”, conta Jacobauskas.

Divulgação
A presidente da Abeoc Brasil, Fátima Facuri
A presidente da Abeoc Brasil, Fátima Facuri

E OS EVENTOS?
Para o diretor da Edge Data Communications, o uso das videoconferências provoca não apenas mudanças no setor de viagens corporativas como também no de eventos, fortemente impactado pelas novas tecnologias.

“Mas por mais forte que esse impacto seja, sabemos que o presencial nunca será substituído pela tecnologia, afinal, as relações humanas são fundamentais para o networking e a concretização de negócios. O segredo é, então, saber dosar o contato humano com a tecnologia, que deve ser uma aliada para os negócios", ressalta Jacobauskas Jr.

A opinião é defendida pela presidente da Abeoc Brasil, Fátima Facuri. “O networking é insubstituível, e se a ideia é apresentar um produto novo a melhor forma de fazer isso é com o público presente. As empresas precisam aproveitar as inovações para integrá-las aos seus eventos - não para substituí-los -, desenvolvendo novas tecnologias como plataformas de credenciamento e aplicativos que permitam a interação dos participantes”, conclui Fátima.

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