Aéreas e fornecedores discutem soluções e estratégias no Bate-Papo com a Fly; confira
Flytour Franchising reuniu franqueados, gestores e parceiros nesta terça-feira (15), no InterContinental

Com a presença de franqueados, gestores de viagens, fornecedores e parceiros, a Flytour Franchising realizou na manhã desta terça-feira (16), no InterContinental São Paulo, o Bate-Papo com a Fly para abordar diferentes visões do setor de viagens corporativas.
Em painéis que discutiram o papel de diferentes players do segmento – como companhias aéreas, rodoviário, seguro viagem, hotelaria –, o intuito do encontro foi debater o futuro das viagens a negócios e como as TMCs e agências podem atuar como intermediadoras oferecendo seus serviços, consultoria e, principalmente, atendimento especializado.
Veja, a seguir, um compilado do que foi apresentado no evento de hoje.
Soluções de fornecedores do setor
Johannes Bayer, do InterContinental São Paulo, destacou que a marca tem investido em experiências que vão além do conforto dos quartos. Um dos pilares atuais é o combate ao jet lag, com cardápio especial e parceria com o aplicativo Timeshifter, que orienta hóspedes sobre como se preparar antes e durante os voos para reduzir os efeitos da mudança de fuso horário.
Na aviação, Cristina Rashed, da Lufthansa, apresentou o programa Lufthansa for Business, que atende tanto empresas com alto volume de viagens quanto aquelas com deslocamentos mais pontuais. Além de permitir o acúmulo de pontos pelas empresas, a plataforma traz relatórios de emissões de CO2, destinos mais frequentes e dados de passagens emitidas, dando mais autonomia e transparência ao cliente. Ela também reforçou a importância de escolher tarifas mais flexíveis, que garantem benefícios em casos de imprevistos, como cancelamentos de reuniões.
Do lado terrestre, Ewerton Araujo, da ClickBus, lembrou que o transporte rodoviário é “o mais democrático” e vem ganhando espaço no corporativo. Entre as vantagens, citou a capilaridade, a flexibilidade para mudanças sem multas e a praticidade no embarque, sem necessidade de grande antecedência.

Já Amarildo Sarde, da Affinity Seguro Viagem, ressaltou que o seguro é um pilar essencial para as viagens corporativas. Segundo ele, muitas empresas ainda não têm essa cultura, mas a cobertura evita gastos inesperados, que podem chegar a dezenas de milhares de dólares, em situações de saúde, bagagem extraviada ou atrasos de voo.
Aéreas debatem malha, sustentabilidade e tarifas
O Bate-Papo com a Fly reuniu também representantes da Azul, Gol e Latam para discutir as estratégias de malha aérea, desafios de sustentabilidade e melhores práticas tarifárias no setor corporativo.
Anderson Serafim, da Azul, reforçou que a companhia atravessa um processo de reestruturação financeira, mas sem abrir mão do crescimento. A expectativa é expandir entre 3% e 4% em 2025 e 2026, com foco em voos fora dos grandes hubs e manutenção da alta taxa de ocupação.
Na Gol, Anderson Wolff destacou que a empresa terá, até o fim do ano, a maior malha de verão de sua história, com aumento de 15% na oferta de assentos no período. O crescimento está fortemente apoiado na expansão internacional – já 40% maior – e no plano de atingir 25% da oferta total em rotas internacionais nos próximos cinco anos, aproveitando a sinergia com a Avianca, via Grupo Abra.
Já a Latam, representada por Camila Belinelli, projeta um aumento de 10% na oferta de assentos na alta temporada em comparação com 2024, com reforço em Brasília e Porto Alegre e novas bases como Campinas (SP), Dourados e Bonito, no Mato Grosso do Sul. No internacional, a aérea também prevê expansão de 10%, com destaque para a rota Porto Alegre–Ezeiza.

Sobre sustentabilidade, Camila apontou os avanços da Latam em redução de plásticos de uso único e os desafios do uso de SAF, ainda escasso e caro. Wolff lembrou que a Gol já recicla 100% do lixo gerado a bordo, mas enfrenta limitações de escala na produção do combustível sustentável no Brasil. Serafim ressaltou a frota moderna da Azul como diferencial ambiental.
No debate sobre tarifas, os três executivos reforçaram que a compra com antecedência ainda é a principal ferramenta para obter melhores preços, mas lembraram que flexibilidade e análise do perfil do viajante são fundamentais para equilibrar custo-benefício. Camila alertou ainda para o impacto da reforma tributária prevista para 2026, que pode encarecer os bilhetes.