Avant Garde aposta em experiências que conectam viajantes à essência dos destinos
Empresa representa 23 DMCs internacionais que buscam oferecer vivências de luxo autênticas e responsáveis

A Avant Garde está próxima de completar duas décadas no mercado e se sente confiante em contribuir com um luxo cada vez mais autêntico. Entre suas iniciativas mais recentes está o Origens, evento criado para aproximar DMCs internacionais de operadores brasileiros e promover trocas reais no setor.
Depois de edições no México, Colômbia e, mais recentemente, Argentina, o encontro desembarcou hoje (4) em São Paulo, reunindo cerca de 30 parceiros, entre DMCs, companhias aéreas e redes hoteleiras.
Segundo o fundador da Avant Garde, Sidney Alonso, o Origens representa uma oportunidade de apresentar destinos ainda pouco explorados, mas cheios de potencial para surpreender o público de luxo. “Vemos que há destinos não convencionais despontando entre as escolhas dos viajantes de luxo, como Islândia, Croácia, Montenegro, Polônia, Chile, China e mais destinos da Ásia. O viajante deseja vivenciar uma imersão profunda no destino, não quer mais visitar dez destinos em uma única viagem”, explica.
O sócio-diretor da Avant Garde, Jeverson Zanini, comenta que a empresa tem notado mudanças no comportamento do viajante:
“No Turismo de luxo, notamos que há um crescimento nas viagens multigeracionais, em que famílias inteiras viajam juntas, e temos que oferecer roteiros que se adaptam às necessidades de cada um. Também vemos uma demanda muito alta de atividades desenhadas especificamente para mulheres que viajam sozinhas. O passageiro atual não busca mais um roteiro lotado de atividades. Ele quer tempo para viver o destino e aproveitar o hotel. Cabe ao consultor equilibrar o itinerário para não sobrecarregar a experiência”
Jeverson Zanini, sócio-diretor da Avant Garde
E ao desejar mais tempo para vivenciar o destino, falamos de um luxo que vai além do quesito material: hoje, o verdadeiro luxo é ter tempo. "Tempo é o grande luxo. Você se dar o luxo de tirar férias é algo que o dinheiro não compra. E saúde também. Precisamos estar saudáveis para poder viajar. Disponibilidade financeira é importante, óbvio, mas não é a única coisa que viabiliza uma viagem. Como parte da indústria, precisamos fazer um esforço para incluir experiências mais humanas nas viagens dos nossos passageiros. Muitas vezes viajamos para lugares com conflitos sociais que nos passam batido. Temos que viajar com mais responsabilidade e nos preocupar em deixar um impacto positivo por onde passamos", afirmaram Alonso e Zanini.
Mentalidade limitada
Se as DMCs se dedicam em oferecer atividades cada vez mais exclusivas, os viajantes também precisam estar abertos a vivenciar o novo. O sócio-diretor da Avant Garde expõe que muitas DMCs ofertam experiências locais incríveis, mas que são pouco aproveitadas pelos viajantes por causa de julgamentos e rótulos.
"Alguns DMCs oferecem experiências locais autênticas, muito valorizadas pelo viajante europeu, mas que ainda encontram certa resistência entre os brasileiros. Nosso desejo é que o mercado absorva mais esse tipo de vivência, que conecta o viajante à essência do destino. Desenvolver esses produtos exige investimento, e, nem sempre, quando a adesão é baixa, o retorno acontece", explica Jeverson Zanini.