CEO da Hurb, João Ricardo Mendes deixa a prisão
Empresário ficou 88 dias preso e sai do cárcere utilizando tornozeleira eletrônica

O fundador e CEO da Hurb, João Ricardo Mendes, deixou a cadeia. Portando tornozeleira eletrônica, o empresário, que deixou milhares de clientes sem poder viajar, havia sido preso em flagrante por furto. Ele ficou 88 dias em cárcere. As informações são de Rennan Setti, no blog Capital, n'O Globo. O jornalista conta que a decisão foi proferida no mês passado, mas ainda não havia sido anunciada.
A defesa de Mendes alegou que o réu é “psicótico maníaco-depressivo” e não sabia o que estava fazendo quando foi flagrado por câmeras de segurança furtando obras de arte em shopping no Rio de Janeiro.
O juiz do caso instaurou “incidente de insanidade mental”, com a finalidade de apurar a condição mental do réu quando cometeu os crimes. O magistrado acatou pedido da defesa, que apresentou atestado do psiquiatra Luiz Alberto Py, médico do dono da Hurb. O relatório aponta que “a leve bipolaridade ciclotímica inicial havia evoluído para uma franca psicose maníaco-depressiva, com um comportamento claramente maníaco de grande intensidade”.
Além do monitoramento com tornezeleira eletrônica, o CEO da Hurb teve de entregar seu passaporte e está proibido de sair Rio por mais de 30 dias sem autorização. Segundo blog d'O Globo, sua defesa também se comprometeu a mantê-lo sob acompanhamento clínico diário, com a emissão de relatórios técnicos sobre seu estado de saúde.
O Hurb foi responsável por uma das maiores crises do Turismo brasileiro nos últimos anos. A empresa hoje já não tem Cadastur, não tem alvará para operar, não fechou acordo com a Senacon e teve seu site bloqueado pela justiça. São medidas contra o antigo Hotel Urbano, que acumula mais de R$ 100 milhões de dívidas e mais de 34 mil processos na justiça.
João Ricardo Mendes inclusive já foi flagrado discutindo com clientes em grupos de WhatsApp e acusando Senacon por prejuízo. O CEO do Hurb está em uma série de vídeos, prints e áudios em que o Portal PANROTAS obteve acesso xingando clientes e debochando de decisões contra a empresa.