Da Redação   |   09/05/2025 16:54

Fetur Piauí: conectividade aérea é chave para o Turismo no Piauí

Gisele Lima participa da primeira palestra do segundo dia da Fetur, em Teresina

Luiza Lorenzetti
Gisele Lima, diretora da Promo, trouxe ao palco do Centro de Convenções de Teresina um tema central para o futuro do Turismo no Estado: o acesso por via aérea
Gisele Lima, diretora da Promo, trouxe ao palco do Centro de Convenções de Teresina um tema central para o futuro do Turismo no Estado: o acesso por via aérea

TERESINA (PI) - Na tarde desta sexta-feira (9) durante o segundo dia da Feira de Turismo do Piauí, a Fetur, Gisele Lima, diretora da Promo, trouxe ao palco do Centro de Convenções de Teresina um tema central para o futuro do Turismo no Estado: o acesso por via aérea.

Com dados atualizados e uma análise detalhada do cenário nacional, ela defendeu que expandir e manter rotas é condição básica para impulsionar o Turismo no Piauí e no Brasil como um todo.

“Dentro desse cenário de conectividade aérea, toda vez que um voo começa a acontecer em qualquer destino, em especial quando existe uma nova rota, o potencial de triplicar o fluxo turístico é uma realidade. Os números trazem essas verdades em implantação de rotas"

afirmou Gisele Lima durante a apresentação.

Por outro lado, quando uma conexão é perdida, o retrocesso também é claro: a suspensão do voo entre Teresina e Belém gerou uma perda de 33 mil passageiros. Ela explica que ao conquistar uma nova rota, é importante manter o equilíbrio entre idas e vindas para que o trajeto tenha sustentabilidade.

Para a palestrante, um dos maiores desafios do estado é sua baixa conectividade regional: “Isso faz com que muitos passageiros que tenham o desejo de vir para o Piauí ou os próprios piauienses que querem ir viajar para outros lugares, tenham que passar por diversas conexões”.

Gisele alertou que o país ainda não recuperou a malha aérea doméstica pré-pandemia: são cerca de 19 mil voos a menos em comparação com 2019. “Isso é pouco? Não, não é. Porque para um país de continental como o Brasil, 19 mil voos a menos faz toda a diferença em impulsionar um destino turístico ou não. Isso faz falta hoje", observou.

Luiza Lorenzetti
Gisele alertou que o País ainda não recuperou a malha aérea doméstica pré-pandemia: são cerca de 19 mil voos a menos em comparação com 2019
Gisele alertou que o País ainda não recuperou a malha aérea doméstica pré-pandemia: são cerca de 19 mil voos a menos em comparação com 2019

Mesmo diante de um cenário nacional adverso, o Piauí tem apresentado avanços. Em quatro das cinco regiões brasileiras (Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste), o estado registrou crescimento acima da média nordestina. O destaque fica com Minas Gerais, que mais do que dobrou o número de passageiros com destino ao Piauí entre 2023 e 2024.

Ela também explicou que, diante do alto custo operacional no Brasil, apenas incentivos fiscais não bastam. “Isso precisa ser complementado com leis de subvenção e um fundo de marketing”, disse. A palestra encerrou com um recado: cada nova rota aérea é como um filho que precisa ser cuidado continuamente. “Você pariu um voo, tem que cuidar a vida inteira.”, brincou Gisele.

Por Luiza Lorenzetti, especial para o Portal PANROTAS.

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