Artur Luiz Andrade   |   11/12/2018 21:35

Colômbia diz nada ter a ver com crise da Avianca Brasil

Nota da Avianca Holdings sobre o pedido de recuperação judicial da Avianca Brasil isenta a empresa estrangeira da crise no Brasil

Marina Marcondes
Nota da Avianca Holdings sobre o pedido de recuperação judicial da Avianca Brasil diz que as duas empresas não têm relação financeira ou operacional e que a empresa brasileira apenas usa a marca Avianca comercialmente, pois oficialmente é Oceanair Linhas Aéreas.

Veja a nota
“Em relação às notícias sobre a solicitação de admissão à recuperação judicial solicitada pela Oceanair Linhas Aéreas S.A. (“Oceanair”), comercialmente conhecida como Avianca Brasil, a Avianca Holdings aclara:

1. A Oceanair não faz parte do grupo de companhias da Avianca Holdings S.A.
2. A Oceanair é uma companhia independente da Avianca Holdings S.A. e portanto não consolida estados financeiros com a Avianca Holdings, nem com nenhuma das subsidiárias da AVH.
3. A Oceanair utiliza o nome de “Avianca Brasil” comercialmente, em virtude de um Contrato de Licença de Uso de Nome assinado com Aerovías del Continente Americano S.A.
4. Como é seu dever e fiel à sua responsabilidade, a Avianca Holdings S.A. e suas companhias subsidiárias velarão pela proteção de seus direitos contratuais e de sua marca.”

LADO BRASILEIRO

Jhonatan Soares
Frederico Pereira, presidente da Avianca Brasil
Frederico Pereira, presidente da Avianca Brasil
Já a nota oficial da Avianca Brasil repete o que havíamos noticiado à tarde, que a recuperação judicial (que precisa ser aceita pelo juiz) foi um recurso extremo para manter as aeronaves, em uma negociação de revisão de valores com arrendadores de aviões à companhia. Um aporte financeiro, provavelmente da United Airlines ou da Star Alliance, é esperado nos próximos dias, na casa dos US$ 500 milhões.

“A Avianca Brasil comunica que, devido à resistência de arrendadores de suas aeronaves a um acordo amigável, entrou com um pedido de recuperação judicial para proteger os seus clientes e passageiros. Como primeira decisão da Justiça, teve seus pedidos garantidos, como a liberação de sua frota para o cumprimento de todos os voos programados, nos aeroportos onde opera.

A companhia reforça que suas operações não serão afetadas. Os passageiros podem ter absoluta tranquilidade em fazer suas reservas e adquirir seus bilhetes, pois todas as vendas serão honradas e os voos mantidos.

A Avianca Brasil continuará atendendo todos clientes, voando para todos os destinos com a qualidade e excelência pela qual é conhecida.”

A companhia não informa detalhes de sua frota, mas a ideia é devolver apenas oito aviões (e a malha atual já está desenhada sem essas aeronaves) e também não disse como está renegociando dívidas com outros fornecedores, como os aeroportos. Mas garante a normalidade de operações nacionais e internacionais. A recuperação judicial também garante novo fôlego para essa renegociação e para a chegada do aporte financeiro.

AEROPORTO DE GUARULHOS

O GRU Airport, procurado pelo Portal PANROTAS, diz que "vem mantendo conversas com a Avianca Brasil e chegaram a um acordo para o pagamento da dívida. A Avianca Brasil está em dia com o acordo firmado".

LEIA O PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL DA AVIANCA BRASIL

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.