Azul tem receita 18% maior no 2T25 e promete alta temporada com oferta robusta
Aérea está em recuperação pelo Chapter 11 e espera sair do programa em fevereiro de 2026

A Azul divulgou nesta quinta-feira seu balanço do segundo trimestre do ano, quando alcançou receita operacional de R$ 4,9 bilhões, o que representa, de acordo com a empresa, recorde para um segundo trimestre e um aumento de 18% em relação ao mesmo período do ano passado. No semestre, o acumulado advindo do transporte de passageiros soma R$ 9,6 bilhões.

Segundo a Azul, esse resultado de abril a junho foi impulsionado principalmente pela alta demanda registrada e pelo aumento em receitas auxiliares. A média de gasto por passageiro em receitas auxiliares, como marcação de assento ou mala despachada, subiu de R$ 56,36 no segundo trimestre de 2024 para R$ 63,08 este ano.
“Além disso, a participação dos mercados internacionais e das unidades de negócio contribuíram para os dados positivos do trimestre”, disse a empresa, que também registrou EBITDA de R$ 1,1 bilhão.
O 2T25 da Azul foi encerrado com liquidez imediata de R$ 3,3 bilhões, um aumento de R$ 945 milhões em relação ao trimestre anterior.
No segundo trimestre de 2025, a Azul registrou um lucro líquido de R$ 1,29 bilhão, contra prejuízo de R$ 3,5 bilhões reportado no mesmo período do ano anterior (2T24). O resultado ajustado, porém, indica prejuízo líquido de R$ 475 milhões.
O crescimento foi especialmente forte nos mercados internacionais, onde a capacidade, com a oferta de voos e assentos, teve um aumento substancial de 37% no 2T25, em comparação com igual período do 2T24.
"O segundo trimestre de 2025 foi um dos mais determinantes da história da companhia e os resultados obtidos fortalecem a empresa, em meio aos diversos acordos firmados no processo de transformação da Azul para o futuro", afirma John Rodgerson, CEO da Azul, que lidera o processo de recuperação da empresa, que entrou no programa de Chapter 11.
John Rodgerson

Ajustes na malha
Dentro das medidas anunciadas, a Azul encerrou voos para 14 bases, além da saída gradual de cerca de 50 rotas, ainda não especificadas.
Os ajustes na malha, segundo a empresa, levaram em consideração uma série de fatores, “como demanda, câmbio desfavorável e preço do combustível no mercado brasileiro, além dos custos atrelados ao alto nível de judicialização, que impacta todo o setor aéreo no Brasil”.
Para a alta temporada de verão, a Azul fez um planejamento de malha com oferta de 3,6 mil voos extras e oferta de 520 mil assentos em todo o País, com destaque para operações inéditas a partir do aeroporto de Congonhas. Pela primeira vez, a companhia converterá 45% dos voos originalmente voltados ao público corporativo em operações sazonais de lazer para atender a intensa demanda do período.
A companhia também anunciou que a utilização das aeronave aumentou 2% no trimestre, de 11,3 horas por dia para 11,5 horas.
A Azul espera sair do Chapter 11 até fevereiro de 2026 e o processo incluirá aporte das companhias americanas American e United Airlines. A empresa espera também eliminar cerca de R$ 2 bilhões em dívidas, com a saída do Chapter 11.

Azul Viagens e cia
Sobre as outras empresas do grupo, destaque para a Azul Viagens, com crescimento superior a 45% nas reservas brutas, em comparação ao 2T24. A Azul Cargo manteve seu desempenho com receita líquida crescendo 14,3% ano contra ano, além do seu negócio internacional crescendo mais de 50%. Já o Azul Fidelidade aumentou as emissões em mais de 8% em comparação ao 2T24 e com níveis recordes de resgate.

Confira aqui as demonstrações financeiras da Azul no período.