Pedro Menezes   |   14/10/2025 12:02

Delta e Aeroméxico recorrem da decisão dos EUA que obriga fim da joint venture

Empresas afirmam que a medida é onerosa e prejudicial e pedem suspensão do prazo de dissolução

Divulgação
Na última semana, as companhias apresentaram uma impugnação na Corte de Apelações do 11º Circuito, pedindo a suspensão da decisão enquanto o caso é reavaliado
Na última semana, as companhias apresentaram uma impugnação na Corte de Apelações do 11º Circuito, pedindo a suspensão da decisão enquanto o caso é reavaliado

Você já viu aqui no Portal PANROTAS que o governo dos EUA ordenou que Delta e Aeroméxico encerrem o acordo de joint venture em janeiro de 2026. A decisão inclui a revogação da imunidade antitruste concedida às companhias e passa a valer em 1º de janeiro, como vimos em setembro deste ano.

Não satisfeitas com a decisão, as companhias aéreas resolveram levar à Justiça a disputa com o Departamento de Transporte dos Estados Unidos (USDOT), que determinou a dissolução do acordo, firmado há quase nove anos, que permite que as empresas coordenem tarifas, horários e capacidade em rotas entre México e Estados Unidos.

Na avaliação do governo americano, a parceria cria desequilíbrio competitivo e restringe a concorrência nas rotas entre os dois países. Por isso, o USDOT anunciou em setembro a decisão de encerrar a cooperação, alegando “efeitos anticompetitivos” e determinando que o joint venture seja desfeito até 1º de janeiro de 2026.

Na última semana, as companhias apresentaram uma impugnação na Corte de Apelações do 11º Circuito, pedindo a suspensão da decisão enquanto o caso é reavaliado.

Em comunicado, a Delta afirmou que o processo judicial “é a única opção neste momento e o passo necessário para proteger os interesses comerciais de Delta e Aeroméxico, nossas redes globais e nossos clientes”. A empresa acrescentou que cumprir a determinação no prazo seria “operacional e financeiramente oneroso”.

Segundo a Delta, o acordo é responsável por gerar cerca de 4 mil empregos nos Estados Unidos e contribuir com mais de US$ 310 milhões ao PIB americano. A companhia estima que o fim da parceria pode causar perdas de até US$ 800 milhões anuais em benefícios para os consumidores, além de provocar o cancelamento de rotas e a substituição de aeronaves maiores por modelos menores, reduzindo a oferta de assentos.

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Sobre o autor

Natural do Rio de Janeiro, Pedro Menezes é bacharel em Comunicação Social/Jornalismo e atua há 12 anos na imprensa especializada em Turismo. Atualmente, é editor do maior portal brasileiro voltado a profissionais do setor, com base em São Paulo. O jornalista tem experiência em cobertura nacional e internacional de feiras, congressos e eventos, além de pautas de política e economia ligadas ao Turismo.