Pedro Menezes   |   29/10/2025 15:50
Atualizada em 29/10/2025 16:05

PL das bagagens vai encarecer passagens e restringir acesso ao setor aéreo, alerta Abear

Entidade defende ainda que a aviação civil seja tratada como política de Estado, com foco em inclusão


Divulgação/Aena Brasil
PL aprovado proíbe a cobrança de bagagens aéreas de mão, de malas despachadas de até 23 quilos e até mesmo de marcação de assentos regulares
PL aprovado proíbe a cobrança de bagagens aéreas de mão, de malas despachadas de até 23 quilos e até mesmo de marcação de assentos regulares

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) acaba de se manifestar a respeito do Projeto de Lei 5.041/2025 aprovado pela Câmara dos Deputados, nessa terça-feira (28), que proíbe a cobrança de bagagens aéreas de mão, de malas despachadas de até 23 quilos e até mesmo de marcação de assentos regulares.

"A aprovação do Projeto de Lei 5.041/2025, que propõe medidas que elevam os custos operacionais e restringem a oferta de produtos ajustados aos diferentes perfis de passageiros, representa um retrocesso para o setor aéreo brasileiro. Essas medidas dificultam o acesso de milhões de brasileiros ao transporte aéreo justamente em um momento de expansão"

Abear, em comunicado oficial

Os avanços regulatórios, segundo a Abear, foram decisivos para o crescimento do mercado. A associação lembra que, enquanto em 2002 o número de passageiros transportados girava em torno de 30 milhões, hoje ultrapassa a marca de 100 milhões por ano. "A proposta do PL, portanto, contraria práticas internacionais consolidadas e compromissos assumidos pelo Brasil", destacou a Abear.

Getty Images/Jackyenjoyphotography
bear se coloca à disposição do Poder Público para contribuir com o debate, reconhecendo o papel estratégico da aviação para o desenvolvimento do Brasil
bear se coloca à disposição do Poder Público para contribuir com o debate, reconhecendo o papel estratégico da aviação para o desenvolvimento do Brasil

Em nota, a Abear defende ainda que a aviação civil seja tratada como política de Estado, com foco em inclusão, competitividade e na conectividade nacional. "Reiteramos nossa confiança na revisão das normas propostas, com vistas à preservação da isonomia concorrencial e ao fortalecimento do setor", frisou.

"Por fim, a Abear se coloca à disposição do Poder Público para contribuir com o debate, reconhecendo o papel estratégico da aviação para o desenvolvimento do Brasil e o objetivo maior de tornar o transporte aéreo cada vez mais acessível e inclusivo

Abear, em comunicado oficial

Nota da Abear na íntegra

"A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) reafirma seu compromisso com a segurança jurídica e com a construção de um ambiente regulatório estável, essencial para a democratização do transporte aéreo no Brasil.

A aprovação do Projeto de Lei 5041/2025, que propõe medidas que elevam os custos operacionais e restringem a oferta de produtos ajustados aos diferentes perfis de passageiros, representa um retrocesso para o setor aéreo brasileiro. Essas medidas dificultam o acesso de milhões de brasileiros ao transporte aéreo justamente em um momento de expansão.

Os avanços regulatórios foram decisivos para o crescimento do mercado. Enquanto em 2002 o número de passageiros transportados girava em torno de 30 milhões, hoje ultrapassa a marca de 100 milhões por ano. A proposta do Projeto de Lei, portanto, contraria práticas internacionais consolidadas e compromissos assumidos pelo Brasil.

A Abear defende que a aviação civil seja tratada como política de Estado, com foco na inclusão, na competitividade e na conectividade nacional. Reiteramos nossa confiança na revisão das normas propostas, com vistas à preservação da isonomia concorrencial e ao fortalecimento do setor.

Por fim, a Abear se coloca à disposição do Poder Público para contribuir com o debate, reconhecendo o papel estratégico da aviação para o desenvolvimento do Brasil e o objetivo maior de tornar o transporte aéreo cada vez mais acessível e inclusivo".


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Sobre o autor

Natural do Rio de Janeiro, Pedro Menezes é bacharel em Comunicação Social/Jornalismo e atua há 12 anos na imprensa especializada em Turismo. Atualmente, é editor do maior portal brasileiro voltado a profissionais do setor, com base em São Paulo. O jornalista tem experiência em cobertura nacional e internacional de feiras, congressos e eventos, além de pautas de política e economia ligadas ao Turismo.