Leonardo Ramos   |   12/12/2018 11:55

Iata reduz em US$ 1,5 bi previsão de lucro das aéreas no ano

Número de passageiros, porém, confirma alta, com a expectativa de que 4,34 bilhões de passageiros sejam transportados em 2018; número de rotas cresce 1,3 mil

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A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) revelou, nesta quarta-feira (12), uma previsão para o lucro da indústria de aviação global para os anos de 2018 e 2019, com uma redução do que previa anteriormente para este ano.

De acordo com a entidade, as companhias aéreas devem alcançar um lucro líquido coletivo de US$ 32,3 bilhões em 2018, US$ 1,5 bilhões a menos do que a previsão divulgada em junho, que apontava US$ 33,8 bilhões. A redução é maior ainda se considerar a estimativa da Iata revelada em dezembro do ano passado, que era de US$ 38,4 bilhões para este ano.

Um estudo anterior da Iata, revelado ainda na metade deste ano, já creditava o aperto das margens de lucro ao aumento dos gastos com insumos, refletindo principalmente a evolução do preço do combustível de aviação e do petróleo.

O lucro de US$ 32,3 bilhões, caso confirmado, configura ainda uma queda contra os US$ 34,5 bilhões alcançados em 2017. O lucro médio por cada passageiro também caiu, dos US$ 8,45 de 2017 para US$ 7,45 em 2018.

A receita, por outro lado, manteve-se próximo do esperado para o ano: foram US$ 821 bilhões, pouco menos que os US$ 824 bilhões previstos. O número representa um aumento de quase US$ 67 bilhões contra os US$ 754 bilhões de 2017.

OUTROS NÚMEROS

Se por um lado os resultados financeiros das companhias foram abaixo do esperado no ano, por outro, a quantidade de viajantes subiu. A expectativa da Iata é que até o final do ano 4,34 bilhões de passageiros tenham sido transportados em 2018, o que configura uma alta de demanda de 6,5% no tráfego aéreo contra os 4,1 bilhões em 2017.

O número de rotas diretas também cresceu em 2018. No final do ano, a aviação global deve contar com 21,33 mil voos sem escalas, 1,3 mil a mais de os 20,03 mil em 2017.

“As viagens aéreas nunca foram tão boas para os consumidores. As tarifas estão baixas e as opções para os viajantes estão se expandindo”, comentou o CEO da Iata, Alexandre de Juniac.

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