Apesar da pandemia, investimentos hoteleiros no Brasil se mantêm estáveis
Levantamento da HotelInvest e Fohb mostra otimismo com novos hotéis, a maioria no interior do País
![ONDE ESTÃO SENDO CONSTRUÍDOS OS NOVOS HOTÉIS NO BRASIL](https://cdn.panrotas.com.br/portal-panrotas-statics/media-files-cache/307829/a190cef5c58a494dc13176c0a3c9c3eehi3/0,0,1506,633/1506,633,1/0/default.png)
Os principais resultados do estudo da HotelInvest e do Fohb apontam que:
1 – Existem147 hotéis urbanos em desenvolvimento em 97 cidades do Brasil, com inauguração prevista até 2025 (queda de apenas 13% em comparação ao início de 2020). Durante a pandemia foram assinados 48 novos contratos.
2 – O total em investimentos chega a R$ 6,1 bilhões.
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4 – De olho na força das marcas e no know how das redes, os contratos de franquias ganham força, e já representam quase um terço do pipeline total no País.
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6 – Tendência em todo o mundo, os hotéis lifestyle ainda são poucos no pipeline (12%).
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Entre a nova oferta (em UHs – unidades habitacionais), predominam os empreendimentos econômicos e midmarket (93%), de marcas tradicionais (88%), localizados nas regiões Sul e Sudeste (77%) e em cidades de pequeno a médio portes, com até 500 mil habitantes (65%).
Na edição anterior, o Panorama indicava 169 novos hotéis em desenvolvimento. Destes, 24 abriram em 2020, 46 projetos foram cancelados, porém 48 novos contratos foram assinados. “Já se esperava que o total de UHs em desenvolvimento no País caísse em razão da pandemia. No entanto, a queda foi baixa (-12,1%), atenuada pelos novos projetos confirmados. Um sinal claro de confiança dos investidores no potencial de recuperação do setor”, afirma Pedro Cypriano.
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Se os indicadores de novos projetos em desenvolvimento no Brasil são positivos, a realidade atual dos hotéis em operação é mais preocupante. Em 2020, o índice de RevPAR (Receita por apartamento disponível) caiu de 34%, em Vitória, a 71%, em São Paulo, dentre as cidades analisadas no Panorama. O Rio de Janeiro obteve os melhores resultados em ocupação (menor queda) e Revpar (maior índice). A cidade também tem uma expectativa baixíssima de novos hotéis: +0,9% de oferta, com apenas três hotéis.
“Os novos investimentos são excelentes para o País. Milhares de empregos e milhões em tributos serão gerados. Porém, em curto prazo as perspectivas são preocupantes. No primeiro trimestre de 2021, os hotéis continuaram em prejuízo operacional e as quedas de tarifa preocupam”, analisa o presidente-executivo do Fohb, Orlando de Souza.
![Pedro Cypriano, da HotelInvest](https://cdn.panrotas.com.br/portal-panrotas-statics/media-files-cache/305638/0a01dce3758a863d5e1a0bb30e22245apedrolado/0,89,1067,637/1206,720,0.23/0/default.jpg)
Até junho, a HotelInvest e o FOHB esperam meses muitos difíceis para a hotelaria, especialmente para os destinos de negócios. Vacinados os grupos de risco e o processo de imunização ganhando tração pelo país, a recuperação do setor deve se intensificar, porém apenas no segundo semestre. Nos Estados Unidos, país mais avançado no controle da pandemia, a ocupação já se aproxima a 85% do patamar pré-covid. “No último trimestre de 2020, vimos uma reação mais rápida dos mercados regionais e de lazer, o que deve voltar a se repetir. Na sequência, com mais vacinas à população, especialmente a abaixo de 60 anos, é possível que os saltos em ocupação sejam mais fortes também para os nossos hotéis corporativos”, salienta Cypriano.
“Em médio prazo, seguimos confiantes na recuperação total do setor e em um ambiente próspero para novos investimentos. Para tanto, estabilidade política, controle sanitário e uma agenda de reformas e de crescimento econômico são fundamentais”, finaliza Canteras.
Acesse o estudo completo em: https://hotelinvest.com.br/?p=4459
![Orlando de Souza, do Fohb](https://cdn.panrotas.com.br/portal-panrotas-statics/media-files-cache/305432/18dadc3701403ae08a73513469163ca3fotoorlandoii/0,91,2560,1528/1206,720,0.22/0/default.jpg)