Juliana Monaco   |   30/04/2021 14:32   |   Atualizada em 30/04/2021 14:43

Fohb divulga nova pesquisa em primeiro webinar de 2021

Segundo o FOHB, a vacinação e a contenção de casos de covid-19 são essenciais para a recuperação do setor


Divulgação
O evento mostrou que a recuperação do setor depende da vacinação e de adaptação à nova realidade
O evento mostrou que a recuperação do setor depende da vacinação e de adaptação à nova realidade
O Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb), em parceria com a Hotelinvest e a Mercado&Consumo, apresentou o estudo 15° Panorama da Hotelaria Brasileira durante o webinar "A oferta cresce, mas e a demanda? Oportunidades e desafios dos hotéis no Brasil", realizado na última quarta-feira (28). Mediado pela editora-chefe do Mercado&Consumo, Aiana Freitas, o evento contou com a participação dos mantenedores Grupo R1, Elo, CVC Corp, Equipotel, Omnibees e Veja IT.

A pesquisa, já divulgada pelo Portal PANROTAS, foi elaborada ao longo de três meses, a partir do pipeline de 34 redes hoteleiras presentes no Brasil, mais as informações de desempenho de 657 hotéis associados ao Fohb. Os dados mostram que, na contramão da crise no Turismo, o número de novos projetos em desenvolvimento se manteve sólido. Segundo o relatório, existiam 169 hotéis em desenvolvimento no País em 2020, dos quais 46 projetos foram cancelados. Atualmente, 48 novos contratos foram assinados e 24 hotéis inaugurados, totalizando 147 hotéis em desenvolvimento, que somam R$ 6 bilhões investidos no setor, com aberturas previstas até 2025.

Seguindo a mesma linha, 7% desses empreendimentos são da categoria de luxo, sendo cerca de R$ 1,65 bilhão do total de investimentos destinados para esse perfil. "Temos um apelo interessante também para as marcas lifestyle, que vem sendo um grande potencial de propostas de desenvolvimentos no Brasil. Esses dados trazem confiança aos investidores desse tipo de ativo", disse o sócio-diretor da Hotelinvest, Pedro Cypriano. Outras tendências reveladas pelo estudo são as franquias, que cada vez mais ganham força no País, representando 29% dos novos projetos, além das cidades do interior serem o principal polo dos investimentos.

Por outro lado, o desempenho médio na taxa de ocupação e no RevPar caíram drasticamente, 47% e 54%, respectivamente. Cypriano indica que, se compararmos os dados de 2020 com 2019, a distância de desempenho entre o pico histórico e o atual é muito grande. "Se o mercado não retomar as tarifas na prática, essa porcentagem tende a piorar", revela.

Um fator relevante demonstrado no evento é que a vacinação e a contenção de casos de covid-19 são fundamentais para a recuperação do setor. Orlando de Souza, presidente-executivo do Fohb, destaca que o modelo de viagem de negócios só voltará quando as instituições enxergarem segurança para deixar seus funcionários se deslocarem. Desse modo, será uma recuperação mais lenta se comparado às viagens de lazer, que tende a se fortificar mais rapidamente, devido à vontade das pessoas saírem de casa.

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