Rodrigo Vieira   |   28/02/2024 16:44
Atualizada em 28/02/2024 17:03

Saída da Rextur Advance decreta o fim da AirTkt

Eraldo Palmerini, presidente da BRT e da AirTkt, se pronuncia sobre o fim da entidade


Divulgação
Marvio Mansur, diretor geral da Rextur Advance
Marvio Mansur, diretor geral da Rextur Advance

Como não existe associação de uma empresa só, a AirTkt terá suas portas fechadas oficialmente nos próximos dias. A pá de cal é o comunicado de saída disparado agora pela Rextur Advance, que era a única remanescente ao lado da BRT, após debandada puxada por Ancoradouro e Flytour Consolidadora e seguida por Tyller, Confiança e Sakura.

A associação, fundada em 2015, em uma época delicada devido ao incômodo da subconsolidação e outros desafios, tinha sete integrantes. Do dia para a noite, ficou com dois, e sem o então presidente do Conselho, Luciano Guimarães.

Em relação à saída da Rextur Advance da Associação Brasileira dos Consolidadores de Passagens Aéreas e Serviços de Viagens - AirTkt, a empresa explica que a decisão foi tomada de forma voluntária e que não afetará a relação com parceiros, fornecedores e clientes. A consolidadora destaca, ainda, que valoriza os relacionamentos profissionais estabelecidos e as contribuições trocadas durante a permanência na associação.

Comunicado da Rextur Advance


PANROTAS / Emerson Souza
Luti Guimarães
Luti Guimarães

O ponto de vista de Eraldo Palmerini, de AirTkt e BRT

PANROTAS / Emerson Souza
Eraldo Palmerini
Eraldo Palmerini

Atual presidente do Conselho da AirTkt (era VP e assumiu após renúncia de Luciano Guimarães), Eraldo Palmerini, também fundador e presidente da BRT, discorda da maneira como a AirTkt foi desmantelada. Segundo ele, uma assembleia estava marcada para decidir, entre todos os integrantes, pessoalmente, todos os trâmites.

"Desde que Luti [Luciano Guimarães] renunciou à presidência, dialogamos em direção ao encerramento. Porém, todo mundo começou a alardear na mídia com cartas individuais e ficaram essas informações desencontradas. Não havia qualquer motivo para isso. Nós já estávamos combinando o fim da associação. Nada contra os associados, mas a verdade é que a AirTkt ficou inócua, pois todos que por lá passaram não conseguiram realizar nada que trouxesse vantagem para a associação"

Eraldo Palmerini, presidente da BRT

O empresário pondera que há dinheiro em caixa e funcionários na AirTkt e, desta maneira, o desmanche não poderia ter sido feito de forma individual. Então questionado sobre os motivos para o descontentamento com a associação, Palmerini garantiu que não há briga pessoais entre as consolidadoras.

"Todos têm suas estratégias comerciais. Eu conheço o Luti desde criança, tenho excelente relação com Juarez [Cintra, da Ancoradouro] há 40 anos. Não temos nenhum atrito, apenas assuntos comerciais que vêm à mesa. Troca de funcionários entre as empresas sempre houve em todos os setores, e na consolidação é assim tem décadas. Quem hoje está revoltado por isso é a mesma pessoa que, quando saiu de sua empresa, levou consigo cerca de 30 ex-funcionários. Estamos contratando, sim, e os concorrentes têm que entender isso da mesma maneira que entendemos quando funcionários da BRT foram abordados", argumenta Eraldo Palmerini.

Por fim, o presidente do Grupo BRT fala sobre o futuro da companhia paranaense. "Temos a Braztoa para nos representar. A BRT tem dois sócios com 15% e eu com 70%. Com minha parte como sócio majoritário eu faço o que quiser."

É esperada uma reunião emergencial para dar um fim oficial na AirTkt. Grandes chances de que o encontro aconteça no Fórum PANROTAS, em 5 e 6 de março, no Sheraton São Paulo WTC.

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