Victor Fernandes   |   21/02/2022 12:04
Atualizada em 21/02/2022 12:05

Brasileiros na Itália pedem reabertura de fronteiras ao governo

O grupo contesta o posicionamento do governo italiano ao manter as fronteiras fechadas para brasileiros

Flickr/Hernán Piñera
O grupo contesta o posicionamento do governo italiano ao manter as fronteiras fechadas para brasileiros
O grupo contesta o posicionamento do governo italiano ao manter as fronteiras fechadas para brasileiros
Profissionais que atuam no Turismo voltado a brasileiros na Itália pedem que, com o avanço da campanha de vacinação, o Brasil saia do grupo “E”, sem disparidades de tratamento no regime relativo a viagens. Assim, o grupo contesta o posicionamento do governo italiano ao manter as fronteiras fechadas para os turistas provenientes do Brasil e reivindica não só o “peso” do fluxo turístico brasileiro no mercado italiano, mas também as graves dificuldades econômicas enfrentadas por centenas de profissionais do setor.

A iniciativa, intitulada Retomada do Turismo brasileiro na Itália, foi tema de um encontro no último dia 16 de fevereiro na Embaixada brasileira em Roma e colocou em pauta a discrepância de tratamento entre nações no que se refere ao regime relativo às viagens, mesmo depois do avançamento da campanha de vacinação brasileira.

O Brasil registra o menor índice de rejeição à vacina contra covid-19 na América Latina, segundo o Banco Mundial. Segundo os dados do consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, 70,5% da população brasileira já foi totalmente imunizada com duas doses ou uma dose única de vacina (dados de 9 de fevereiro).

Um país como Ruanda, onde pouco mais de 54,4% da população foi totalmente vacinada, integra a lista do Grupo D, que prevê regras menos restritivas para o ingresso em território italiano. A Colômbia, que também faz parte do grupo D, atingiu 65% de sua população com ciclo completo de vacinação (Our World in Data).

A inteira fileira do Turismo representa cerca de 13% do PIB italiano (dados Istat) e centenas de brasileiros que residem no país estão envolvidos de maneira direta ou indiretamente com o setor. Além de operarem como agências, inúmeros cidadãos brasileiros atuam como guias e acompanhantes turísticos, travel designers, NCC (Noleggio com Conducente ou Transfers Privativos), empresas para a busca de cidadania, wedding planners, fotógrafos e maquiadores, professores de italiano para estrangeiros.

Com a última portaria assinada por Roberto Speranza, Ministro da Saúde na Itália, em 27 de janeiro e válida até o próximo dia 15 de março, brasileiros cujos parentes residem no país também enfrentam dificuldades para viajar, já que a entrada no país só é autorizada em casos específicos, como motivos de saúde, trabalho e máxima urgência.

Além do envio de uma carta ao embaixador do Brasil em Roma, Hélio Ramos Vitor Filho, o movimento promove uma petição on-line a favor da retomada do Turismo brasileiro na Itália. A iniciativa recolheu, até agora, a adesão de mais de 4618 cidadãos, entre profissionais do Turismo, famílias separadas após o fechamento das fronteiras e a todos os cidadãos que tiveram seus pacotes turísticos e viagens canceladas.

Para mais informações, acompanhe a petição do movimento.

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