Turismo supera adversidades e fecha 1º semestre com otimismo
Agências de viagens e de alugueis de carros, redes hoteleiras, companhias aéreas e náuticas passaram da primeira metade do ano com bons números
![](https://cdn.panrotas.com.br/portal-panrotas-statics/media-files-cache/170563/280c4f3f9fc7385a76e9538e3e10fadbgrowingbargraph/0,207,1200,716/670,400,0.39/0/default.jpg)
A CVC Corp, por exemplo, revelou vendas de R$ 3,1 bilhões durante o segundo trimestre do ano, o que representou um aumento de 5,7% em relação ao mesmo período de 2017. Na soma dos seis primeiros meses, a empresa acumulou R$ 6,24 bilhões, o que significou um crescimento de 9,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Dentro do valor considerado, R$ 3,5 bilhões vieram de viagens de Lazer (CVC Operadora e Visual), R$ 2,4 bilhões de viagens corporativas (Rextur Advance e Trend) e R$ 342 milhões de outros segmentos (Experimento e Submarino Viagens). As taxas de crescimento em relação ao ano passado foram de 8,5%, 7% e 40%, respectivamente.
O número de passageiros embarcados pela empresa também superou os do primeiro semestre de 2017. Neste ano, mais de cinco milhões de pessoas já viajaram pela CVC, quantidade 15,2% superior que a registrada entre janeiro e junho do ano passado.
![Emerson Belan, diretor geral da CVC](https://cdn.panrotas.com.br/portal-panrotas-statics/media-files-cache/231681/8a0f8b586a0f87f8055d683ccaa22574dsc9622/0,47,1243,742/670,400,0.75/0/default.jpg)
Já para a Abracorp (Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas), os números do primeiro trimestre mostraram um crescimento de 17,48% nas vendas em comparação com o mesmo período em 2017, o que pode ser comparado com um aumento médio de 6% ao mês.
NO MAR
A MSC Cruzeiros também revelou ótimos números durante o primeiro semestre: 214 mil brasileiros viajaram em seus navios e a taxa de ocupação das cabines atingiu os 100% (com base na ocupação dupla). Em comparação com o mesmo período do ano passado, as vendas tiveram um aumento de cerca de 5% e, para a próxima temporada, a expectativa é de uma oferta 13% maior que a anterior.
“Nossa política comercial, que contempla a oferta de todos os nossos cruzeiros em reais, com a possibilidade de parcelamento em até dez vezes, sem juros, é extremamente positiva para o brasileiro. Além disso, disponibilizamos a compra antecipada de experiências extras, como pacotes de spa, bebidas, restaurantes, planos de internet e excursões também em reais, com parcelamento junto ao cruzeiro. Com isso, protegemos o consumidor de variações cambiais e possibilitamos que ele organize suas férias com tranquilidade, planejamento e segurança”, explicou o diretor geral da MSC, Adrian Ursilli.
![Adrian Ursilli, diretor geral da MSC Cruzeiros](https://cdn.panrotas.com.br/portal-panrotas-statics/media-files-cache/239530/b95053f54dc945199a7ac9b56e1dcc84dsc9364/0,0,1280,764/670,400,0.35/0/default.jpg)
Segundo dados da Abracorp, no primeiro trimestre do ano, as vendas de cruzeiros marítimos nacionais subiram 159,46% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em valores, este crescimento representou um salto de R$ 445.098,59 para R$ 1.154.840,56 para as associadas.
NO AR
Os combustíveis foram os principais vilões para as companhias aéreas neste ano. A alta dos preços afetou os negócios no mundo inteiro, mas no Brasil a situação foi ainda pior em decorrência da greve dos caminhoneiros. A Gol estima que a paralisação tenha resultado em um impacto direto de aproximadamente R$ 29 milhões nas receitas operacionais.
Durante o primeiro semestre do ano, a companhia investiu em novas rotas e ampliação de frequências nacionais e internacionais. Voos diários e diretos para as cidades de Miami e Orlando, nos Estados Unidos, foram anunciados em janeiro e já estão à venda para viagens a partir de novembro. Em maio, um novo hub foi criado em Fortaleza em parceria com a Air France-KLM, possibilitando a conexão do Norte e Nordeste do Brasil à Europa. A aérea aumentou em 35% os voos para Fortaleza e anunciou que as novas ligações para os EUA serão operadas em code-share com a Delta.
Para promover um equilíbrio apropriado entre oferta e demanda durante o segundo trimestre do ano, que é considerado um período de baixa temporada para as companhias aéreas, a Gol reduziu em 11% sua oferta doméstica em comparação com o primeiro trimestre.
A empresa estima uma margem operacional de 1% a 1,5% no último trimestre, mesmo nível em relação ao mesmo trimestre de 2017, que foi de 1%. O fluxo de caixa operacional foi estimado entre R$ 500 milhões e R$ 550 milhões nos três meses que terminaram em junho. Segundo a Gol, a receita unitária por passageiro (PRASK) foi superior cerca de 8% em comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto a receita unitária (RASK) teve aumento registrado entre 6% e 6,5%.
Já na Latam, considerando apenas o mês de junho, a demanda de passageiros aumentou 1,3%, enquanto a oferta teve um incremento de 6,4%. A taxa de ocupação sofreu redução de 4,1 pontos percentuais, fechando em 80,3%. O tráfego internacional de passageiros representou, aproximadamente, 59% do tráfego total no mês.
O tráfego de passageiros consolidado (RPK) da Azul também foi positivo, subindo no último mês do semestre 21% em relação a junho de 2017, frente a um aumento de 24,7% na capacidade (ASK). Como resultado, a taxa de ocupação foi de 78,8%, o que significou uma redução de 2,4 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano passado.
![John Rodgerson, CEO da Azul](https://cdn.panrotas.com.br/portal-panrotas-statics/media-files-cache/241678/7f6a7d494c9bf8f23ac7bb61bf20dd2adsc6229/0,0,1280,764/670,400,0.32/0/default.jpg)
NA TERRA
O mercado de aluguel de veículos também apresentou crescimento nos primeiros meses do ano. A Localiza Hertz, por exemplo, teve um aumento de 53,3% no volume de diárias na comparação entre o primeiro trimestre de 2018 com o de 2017. Sua rede também foi ampliada e agora conta com 591 agências, sendo 521 em território brasileiro.
“No segundo trimestre do ano, mesmo com uma base comparativa forte e o efeito da greve dos caminhoneiros, os nossos esforços para manter o crescimento se mantiveram. No 1º tri, além dos resultados operacionais extremamente positivos, ampliamos nossa participação no mercado. Considerando o faturamento bruto da unidade de aluguel de carros, incluindo franqueados, aumentamos a participação de mercado em três pontos percentuais no período, obtendo 32,3% de market share”, comemorou o diretor de Vendas da Localiza Hertz, Paulo Henrique Pires.
![Paulo Henrique Pires, diretor de Vendas da Localiza Hertz](https://cdn.panrotas.com.br/portal-panrotas-statics/media-files-cache/246701/7d813539d74d1bef1e1b0409cf70e667vsg1147/0,46,1168,697/670,400,0.39/0/default.jpg)
NOS QUARTOS
A Brazil Hospitality Group (BHG), que administra marcas como Royal Tulip, Golden Tulip e Tulip Inn, também fechou o primeiro semestre do ano com otimismo. O grupo teve um incremento de 23% em relação ao ano anterior e um aumento de 12% em relação às receitas, mas vê a segunda metade de 2018 com cautela, uma vez que eleições gerais podem causar grandes mudanças de cenário.
“As expectativas para o período foram superadas até agora. Nos primeiros meses do ano, nos focamos no fortalecimento do lazer e numa forte relação comercial com os clientes intermediários do mercado corporativo. Os hotéis da rede tiveram uma forte ocupação no Nordeste, retomada de negócios em Brasília e outras cidades corporativas, como São Paulo e Vitória, que foram muito bem”, comentou o diretor de Marketing e Vendas da BHG, Tomás Ramos.
![Além de diretor de Marketing e Vendas do BHG, Tomás Ramos é embaixador do Golden Tulip para a América Latina](https://cdn.panrotas.com.br/portal-panrotas-statics/media-files-cache/246700/628eaeff184d76a5e1069b6d37cb466atomasramos/0,14,1280,764/670,400,0.35/0/default.jpg)
De acordo com dados da Abracorp, a hotelaria nacional cresceu 31,29% no primeiro trimestre de 2018, enquanto a internacional registrou aumento de 42,62%. Já o Fohb (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil) divulgou números referentes aos cinco primeiros meses do ano, registrando acréscimos nos três indicadores: 6,3% na taxa de ocupação, 0,8% na diária média e 7,2% no Revpar.
Na performance por região, a taxa de ocupação registrou acréscimos em todas, variando entre 4,4% no Sul e 21,3% no Norte. Para a diária média, somente a região Norte expressou variação negativa, com queda de 6,9% em relação a 2017. Em relação ao Revpar, houve variações positivas em todas as regiões: 5,6% no Sul, 6,4% no Sudeste, 8,4% no Centro-Oeste, 12% no Nordeste e 12,9% no Norte.
Quanto ao desempenho por categoria hoteleira, as três apresentaram incrementos na taxa de ocupação: 4,9% no Econômico, 8,3% no Midscale e 4,8% no Upscale. Para a diária média, os segmentos Econômico e Upscale registraram acréscimos de 1% e 2,8%, respectivamente, enquanto que o Midscale teve queda de -0,2%.
Já quando o assunto são resorts brasileiros, nos três primeiros meses do ano a taxa de ocupação, analisada pela ABR em conjunto com o Senac-SP foi de 74,4%, o que representou um acréscimo de 10,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Janeiro foi o mês de maior destaque, com 82,1% de ocupação.
![Alberto Cestrone,Infinity Blue](https://cdn.panrotas.com.br/portal-panrotas-statics/media-files-cache/239531/6dff12f227d7ca9015dce1ca51fedcfddsc9753/0,89,1280,764/670,400,0.39/0/default.jpg)
“Com a retração da economia nacional, os viajantes perceberam que as opções brasileiras proporcionam experiências altamente diferenciadas e todos esses ótimos números confirmam que nossas expectativas de retomada dos resorts são reais”, comentou o presidente da ABR, Alberto Cestrone.