Jantar celebra encerramento e impacto do primeiro ciclo do Mentoria Preta; veja fotos
Evento marca fim do primeiro ciclo e reforça avanço profissional dos participantes
Os participantes do Mentoria Preta, iniciativa da PANROTAS em parceria com lideranças negras do Turismo, reuniram-se para um jantar que marcou o encerramento do primeiro ciclo do projeto.
Veja o álbum de fotos abaixo
O encontro realizado nessa segunda-feira (8) foi mais do que uma confraternização: foi um momento de celebração, escuta e reconhecimento da jornada de desenvolvimento de cada mentorado - e também dos mentores - ao longo dos últimos meses.
Lançado em abril, o Mentoria Preta nasceu com o propósito de ampliar o acesso de profissionais negros a cargos de alta gestão no Turismo. Com duração de pouco menos de um ano, a edição inaugural estruturou duplas de mentores e mentorados com o apoio da metodologia psicométrica Personal Map, que analisa perfis comportamentais e garante alinhamento estratégico entre as duplas.
O resultado, segundo relatos compartilhados no jantar, é um processo que deixou marcas profundas nos participantes - pessoais, profissionais e emocionais.
Evolução que já se traduz em resultados
Entre os depoimentos da noite estava o de Jackson Soares, da BeFly, mentor do programa. Ele destacou a transformação de seu mentorado, Raphael Rocha, da Luggo, que chegou ao projeto de forma mais reservada, mas logo deslanchou.
"No meio do processo ele foi promovido. E ele mesmo atribuiu parte disso às nossas conversas. A evolução que eu vi, tanto na forma como ele se comunica quanto na forma como ele lidera, foi impressionante. As últimas conversas já estavam em um nível muito elevado", contou Jackson.
Para ele, a mentoria não apenas fortaleceu o autodesenvolvimento de Rafael, como também impactou sua atuação como líder.
"Ele passou a desenvolver melhor a equipe, a dar e receber feedback. Houve um divisor de águas, conforme ele mesmo contou em suas palavras"
Jackson Soares
A lógica por trás das duplas: como o Personal Map impulsionou os encontros
A efetividade das mentorias também passa pela ferramenta que sustenta a formação das duplas. Explicado por Nilton Clécio, da Personal Map, o sistema mapeia traços de personalidade, pontos fortes e sabotadores dos profissionais, além de prever como cada pessoa reage a diferentes contextos - corporativo, emocional, de estresse ou confiança.
"Quando a gente faz o matching, colocamos perfis que se complementam. Às vezes são até antagônicos, o que ajuda muito no processo de autodesenvolvimento"
Nilton Clécio, da Personal Map
Ele destacou que, ao entrar na mentoria, tanto mentor quanto mentorado já possuem consciência de suas características, criando um terreno fértil para conversas profundas desde os primeiros encontros.
O método se tornou peça-chave do Mentoria Preta, garantindo que cada dupla tivesse potencial de crescimento mútuo - algo também reforçado pelo conselheiro do Instituto Pactuá, Jaime Almeida, uma das mentes por trás do projeto.
Da reflexão à prática: ferramentas que projetam carreiras
Durante o jantar, Oliveira ressaltou que a mentoria vai além do diálogo inspirador - ela entrega estrutura, estratégia e continuidade.
As ferramentas usadas ao longo do processo, como Arquitetura de Carreira, Análise SWOT, Janela de Johari e Planejamento PDCA, ajudam os mentorados a compreender:
- onde estão hoje,
- o que acumulam de competências ao longo da trajetória,
- quais são seus pontos de desenvolvimento,
- e quais passos devem priorizar para chegar ao próximo cargo.
Segundo Jaime, muita gente aqui disse: 'não sou mais a mesma pessoa'. A mentoria atravessa, transforma. E o plano de desenvolvimento continua vivo depois do programa. Mentor e mentorado seguem se encontrando, trocando. A relação não termina aqui".
Ele lembrou que acompanha pessoas que conheceu e conviveu há 10, 15, 18 anos - algumas das quais hoje ocupam presidências de multinacionais - reforçando que o impacto da mentoria é um processo contínuo.
Um projeto que nasce para durar - e para mudar estruturas
O CEO da PANROTAS, José Guilherme Alcorta, um dos idealizadores do Mentoria Preta, celebrou o encerramento da primeira turma destacando tanto o sucesso da iniciativa quanto a urgência de seu propósito.
"É inacreditável que, em menos de um ano após lançarmos o projeto, já temos uma turma praticamente concluída. Isso aqui deu muito certo. E queremos que essa comunidade cresça, ganhe força, visibilidade - que a gente veja mais profissionais negros em lugares de destaque".
O CEO também reforçou o compromisso da PANROTAS em manter e ampliar o programa. "Esse projeto vai continuar. Maior, melhor, e ainda mais forte"
Ciclo que termina com portas abertas
O jantar de encerramento refletiu exatamente o espírito do programa: afeto, estratégia, construção conjunta e propósito. Mentores relataram aprendizados tão significativos quanto os dos mentorados. E os profissionais participantes deixaram claro que a experiência não apenas fortaleceu suas competências, mas também ampliou sua confiança, visão de futuro e consciência de potencial.
Ao longo dos meses, o grupo participou de encontros individuais e coletivos - on-line e presenciais -, discutiu carreira, estratégias de liderança, histórias de vida e desafios estruturais enfrentados por pessoas negras no mercado corporativo.
A primeira edição do Mentoria Preta deixa como legado não apenas profissionais mais preparados, mas também uma rede - inédita no Turismo - de apoio, acolhimento e impulsionamento da liderança negra.
Se, como disse Jaime Almeida, "não tem fim; a atualização é contínua", o jantar de ontem não foi um encerramento, mas um ponto de partida.
Veja no álbum a seguir fotos do jantar de encerramento do primeiro ciclo do Mentoria Preta:
