Janize Colaço   |   19/12/2017 17:04

Armadoras minimizam impacto de veto de Trump a Cuba

 Recentemente, os CEOs das armadoras que atracam no destino se reuniram com funcionários do governo cubano e representantes da Clia e da Associação de Cruzeiros Flórida-Caribe.

No ano passado, após 50 anos, navios de cruzeiros voltaram a partir de Flórida em direção a Cuba.
No ano passado, após 50 anos, navios de cruzeiros voltaram a partir de Flórida em direção a Cuba.

Ainda que o mercado aéreo esteja incerto, as linhas de cruzeiros têm planos de expandir suas operações em Cuba, visto que que as regras que regem o Turismo dos Estados Unidos para a ilha foram revisadas e esclarecidas pelo governo de Donald Trump. Recentemente, os CEOs das armadoras que atracam no destino se reuniram com funcionários do governo cubano e representantes da Clia e da Associação de Cruzeiros Flórida-Caribe.

Segundo o CEO da Pearl Seas Cruises, Charles Robertson, foi a primeira vez em que as armadoras, juntas, reuniram-se em Havana com as autoridades locais e de cruzeiros. “Foi muito positivo. O governo cubano tem feito um bom trabalho de relacionamento com a indústria de cruzeiros”, avaliou.

As armadoras foram deixadas em grande parte ilesas das novas regras de comércio e viagens entre os Estados Unidos e Cuba, anunciadas há cerca de um mês. A administração Trump passou a proibir viagens para a ilha sem autorização e acompanhamento de alguma organização estadunidense.

"Eu diria que é um impacto mínimo", afirmou Robertson. "É uma espécie de refinação das regras acerca da licença geral [de viagem]. Não há mudanças significativas”, pontua. Assim, por exemplo, o executivo destaca que os passageiros de Pearl Seas, que fazem os cruzeiros de dez dias e queiram circular por Cuba, podem participar de passeios de grupo organizados com guias e intérpretes, bem como por conta própria.

Já a MSC, com sede em Genebra, tem um negócio bem desenvolvido em transportar passageiros europeus para Havana, sem vínculo com os Estados Unidos. São dois navios: o MSC Armonia e o MSC Opera. Além disso, a armadora ainda opera um navio sazonalmente da Martinica ou Guadalupe que liga em Havana.

"Tivemos uma apresentação oficial da Clia às autoridades cubanas, em que elas também pediram algum tipo de ajuda ou apoio para levantar a proibição", pontuou o CEO da MSC Cruzeiros, Gianni Onorato ao site da Travel Weekly. Apesar disso, com a futura inauguração do MSC Seaside, em Miami, o executivo destaca que há o interesse, futuro, em acrescentar o porto cubano em seu itinerário.

CRUZEIROS EM CUBA
No ano passado, após 50 anos, navios de cruzeiros voltaram a partir de Flórida em direção a Cuba, com o itinerário feito pelo Fathom, da Carnival. Desde então, além dela, a Norwegian Cruise Line e Royal Caribbean passaram a operar dos Estados Unidos à ilha, juntamente com a Pearl Seas e a Victory Cruise Line.

De acordo com as armadoras, a demanda pelo destino tem estimulado a ampliação de roteiros que contemplem Cuba. A Royal Caribbean, aliás, adicionará um segundo navio para operar em roteiros em mais dois destinos na ilha, a partir de junho de 2018.


*Fonte: Travel Weekly

conteúdo original: http://bit.ly/2CEEpVA

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