Artur Luiz Andrade   |   04/05/2020 14:48   |   Atualizada em 04/05/2020 18:11

Crise faz Euromonitor rever 10 tendências de consumo

Euromonitor reviu tendências de consumo pós-crise, com previsões a curto e longo prazo


Reprodução / Pixabay

No começo do ano a revista PANROTAS trouxe uma reportagem sobre as 10 tendências de consumo apontadas pela Euromonitor para este ano, a maioria influenciada pela tecnologia e a busca de novos propósitos. Com a crise causada pela pandemia do novo coronavírus, a Euromonitor reviu essas tendências, com previsões a curto e longo prazo. A reportagem completa pode ser lida aqui.

Confira as novas preisões:

1 – Beyond human (Além do humano)
Estamos começando a aceitar a presença e a interação com robôs. Eles já podem desempenhar funções antes exclusivas dos seres humanos.
Com a pandemia, o isolamento voluntário e as relações sem contato, com um maior consumo de produtos entregues em casa, são a nova tendência. No longo prazo, a tecnologia voltará a acelerar a tendência inicial, e os consumidores não distinguirão ambientes digitais e físicos.

2 – Catch me in seconds (Conquiste-me em segundos)
Mais conteúdo em menos tempo. É possível? Era o que o consumidor pedia antes da crise. Agora, as marcas terão de reganhar sua confiança no curto prazo, com narrativas que engajem e envolvam. No longo prazo, esse consumidor voltará a demandar mensagens curtas, rápidas e multissensoriais.

3 – Frictionless mobility (Mobilidade sem barreiras)
Cidades congestionadas, mas queremos nos locomover com liberdade. A crise deu uma pausa na questão e a mobilidade passou a ser vigilante e cautelosa, mas a longo prazo não dá para se iludir, o consumidor continuará atrás de soluções alternativas e sustentáveis para se locomover.

4 – Inclusive for all (Inclusivo para todos)
As marcas se abrem para atender a consumidores com limitações físicas ou mentais. O espírito de comunidade é tendência a curto prazo. No longo prazo espera-se que a tecnologia crie soluções para incluir cada vez mais as pessoas com deficiências.

5 – Minding myself (Preocupando-me comigo mesmo)
O meu bem-estar mental está à frente das prioridades para 2020, pensam alguns consumidores. Mas a crise atropelou todo mundo e a prioridade agora é gerenciar especificamente a ansiedade. No longo prazo, o bem-estar próprio continua no radar.

6 – Multifunctional homes (Lares multifuncionais)
Sair de casa? Para quê?, perguntam alguns consumidores, que exigem e investem em suas residências. Na quarentena e no curto prazo as redes sociais passam a ser a vida social desses consumidores temerosos em sair de casa. Todo dia é casual Friday após a quarentena. No longo prazo, a casa passa a ser o hub principal na vida das pessoas e os negócios terão de se ajustar a isso.

7 – Private personalizations (Personalizações privadas)
Queremos experiências sob medida, mas a que custo? A crise segurou um pouco as preocupações com a privacidade, pois há novos serviços de que precisamos no momento, mas no longo prazo volta o temor com o uso de dados pessoais pelas empresas.

8 – Proudly local, going global (Orgulhosamente local, virando global)
Segundo a Euromonitor, o sentimento de consumir e incentivar produtos locais crescerá este ano e o consumidor global irá atrás dessa autenticidade. No curto prazo, a segurança do que é consumido ocupa lugar de destaque (essa atração ou esse hotel são seguros para me receber?) e no longo prazo o foco muda para localizar os negócios.

9 – Reuse revolutionaires (Revolucionários do reuso)
Compartilhe, reuse, alugue e adote o modelo de refil. Pós-pandemia, a preocupação é ser mais limpo e higiênico que sustentável. O medo de infecções e reinfecções é grande. A volta da prioridade para produtos reutilizáveis será apenas no longo prazo.

10 – We want clean air everywhere (Queremos ar puro em todos os lugares)
Qualidade do ar, preservação do meio ambiente, bem estar nos ambientes. A preocupação com a proteção contra a poluição ficou para o longo prazo. Agora, queremos vidas mais sustentáveis e lutamos pela preservação.

Saiba mais no site da Euromonitor.

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