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Juliana Monaco   |   16/04/2021 16:23   |   Atualizada em 16/04/2021 16:51

Abracorp debate importância dos protocolos para a retomada; assista

O webinar contou com a presença de Paloma Hirakawa, da Etiks, e da médica Tatiana Trigo


Paloma Hirakawa (Etkis), Tatiana Trigo e Gervásio Tanabe (Abracorp)
Paloma Hirakawa (Etkis), Tatiana Trigo e Gervásio Tanabe (Abracorp)
Em webinar realizado nesta sexta-feira (16), a Abracorp destacou a necessidade dos protocolos sanitários para uma retomada segura do setor de viagens e eventos corporativos, incluindo a testagem e a vacinação contra covid-19. Mediada pelo presidente executivo da associação, Gervásio Tanabe, a live contou com a participação da sócia diretora da Etiks Assessoria em Saúde, Paloma Hirakawa, e da médica do trabalho Tatiana Trigo.

Ao iniciar o evento, o presidente da Abracorp ressaltou que o Brasil está no caminho para a retomada, assim como outros países. De acordo com a previsão de um recente estudo da XP Investimentos, toda a população adulta do País deverá estar vacinada até setembro. “O mundo já está começando a reagir. Os EUA, por exemplo, já estão em uma caminhada muito forte para a recuperação, com estimativa de vacinar toda a população até o fim de maio. No Brasil, o processo de vacinação também está em andamento e existe um horizonte para podermos trabalhar”, ressaltou.

Apesar da boa perspectiva em relação à vacinação, os protocolos de biossegurança continuam sendo necessários em todos os segmentos, inclusive dentro das empresas, ressaltam as participantes. “Não podemos esquecer de estabelecer um protocolo muito amplo para a retomada. No momento em que a gente fala sobre testagem e vacinação, esquecemos de olhar como a empresa trabalha a questão da saúde dos colaboradores como um todo. Atualmente, 65% das empresas não contam com medidas protetivas e de enfrentamento a covid-19”, disse Paloma.

Segundo a diretora da Etiks, as empresas devem seguir estratégias bem definidas para que ocorra a retomada com segurança. Entre as medidas a serem adotadas estão a inspeção por parte dos órgãos governamentais no estabelecimento; a implantação de treinamento sobre instruções de saúde e segurança; a avaliação médica para o retorno seguro; o teleatendimento para o acompanhamento dos colaboradores; e a campanha de testagem e vacinação dentro da empresa.


MEDIDAS PARA ALÉM DA TESTAGEM

Associada a outras medidas protetivas, a testagem é essencial para uma retomada segura. Para Tatiana Trigo, enquanto todos os brasileiros não estiverem imunizados, a testagem deve ser o principal protocolo preventivo nas empresas. “A testagem tem sido muito importante. O Brasil tem tido uma certa resistência devido ao custo, mas é um método muito eficaz. É comprovado que países que realizaram testagem em massa registraram melhores índices de contágio pela covid-19. Enquanto não tivermos a vacinação completa, precisamos de outros métodos que nos deem maior segurança, e a testagem é um deles”, defende.

Por outro lado, muitas empresas não acompanham seus colaboradores após realizar a testagem, o que também é essencial para garantir maior segurança, de acordo com as participantes. “Tão importante quanto testar, é fazer o gerenciamento dos resultados. O que a gente enxerga hoje são empresas que realizam a testagem, mas não têm equipe para acompanhar os resultados. Só a testagem em si não é eficaz, assim como só a vacina também não é eficaz”, ressalta Paloma.

É consenso entre as participantes que as empresas precisam organizar um comitê responsável pela saúde dos colaboradores, pensando em toda a cadeia de contágio da covid-19. “Além da testagem, é preciso cuidar dos grupos prioritários. Não precisa somente afastar o colaborador, existem outras formas de cuidado. A testagem precisa ser acompanhada por um médico para monitorar a pessoa, inclusive, em seu retorno às atividades. Temos que olhar para toda a cadeia da covid, pensando também nos familiares que moram com aquele colaborador. Essa interligação é fundamental para pensarmos em retomada”, explica Tatiana.

Os protocolos bem definidos e o acompanhamento médico na empresa contribuem, inclusive, para a conscientização da população em geral. “O empregador e o empregado precisam ter uma linha de comunicação clara para trazer as medidas protetivas. Hoje, o empregado bem treinado é o que mais dissemina o controle da covid-19, seja na família ou no transporte público, por exemplo. Se há um comitê bem estabelecido e uma conscientização interna, conseguimos ter uma disseminação na população como um todo”, destaca a diretora da Etkis.

UNIÃO DO SETOR É ESSENCIAL

Além dos cuidados internos nas companhias, todos os segmentos precisam estar unidos para estabelecer protocolos alinhados para a indústria. “As empresas precisam se unir para criar protocolos para o segmento. Essa união é fundamental para que todo mundo possa chegar a um consenso e para que o setor seja retomado de uma forma interligada. No Turismo, vejo que isso já é uma realidade. Se as empresas se unirem e estabelecerem esses protocolos, os próprios clientes vão se sentir mais seguros para retomar”, diz Tatiana.

Segundo Paloma, a união é essencial para que as empresas implementem os protocolos de biossegurança e tenham uma retomada sustentável. “Quando a gente fala em cadeia, é muito importante que os segmentos se unam. Eu acredito que teremos um novo normal, mas considerando que os protocolos serão implantados nas empresas como sempre deveriam ter sido. Acredito mais ainda que as empresas possam ser protagonistas e ter uma retomada sustentável”, finaliza.

O webinar está disponível no canal da Abracorp no Youtube.

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