Ao lançar o aplicativo Lola, no ano passado, o co-fundador da Kayak, Paul English, confiava que a ideia de juntar um software de inteligência artificial a agentes de viagens seria benéfico tanto para viajantes a lazer quanto corporativos. Afinal, o app conecta viajantes a uma equipe de agentes, e os turistas enviam mensagens sobre o que estão procurando enquanto o especialista fornece soluções, oferecendo inclusive serviços como busca de hotéis e reserva de voos, além de suporte também durante a viagem.

Passado mais de um ano de seu lançamento, o segmento empresarial se tornou o destaque. "Dois terços dos nossos usuários são viajantes de negócios", afirmou English. "A princípio, eu pensei que estava construindo uma empresa de consumo como o Kayak, mas descobri que eram viajantes de negócios que queriam conversar. Além disso, eu pensei que estávamos desenvolvendo um sistema para ser usado por chat, e-mail e telefone, mas notei que as pessoas quase nunca querem falar por telefone. Eles estão interessados em eficiência, e os viajantes mais experientes gostam de enviar um comando ou pedido e sair para fazer algo, enquanto buscamos as soluções para eles", explicou o criador da empresa ao site Skift.

A crescente busca do setor de negócios pelo Lola fez com que Paul English alterasse o direcionamento de seus investimentos. "Nós gastamos muito tempo criando o software que auxilia o agente de viagens, achando que a ferramenta em si seria licenciada para outros grandes grupos", explicou o executivo, acrescentando que, no início, achava que esta seria a principal fonte de receita da empresa.

"Agora nós realmente decidimos nos concentrar no aplicativo. A maioria dos nossos desenvolvedores já está focada no app para o usuário final, e o foco para o próximo ano é aperfeiçoá-lo para viajantes experientes de negócios, e talvez também para suas empresas", explicou English.

Para aprimorar a ferramenta, o ex-CTO da Kayak estaria, segundo o Skift, fazendo pesquisas com viajantes de negócios através do Twitter para ver suas principais necessidades e carências no segmento, para assim oferecer as soluções através do aplicativo. Assim, até o próximo ano, o Lola deve ter uma cara nova, desta vez focado no mundo corporativo.

*Fonte: Skift

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