"Não é com gratuidade que vamos democratizar a aviação", diz diretora da Latam
Para Aline Mafra, segmentação tarifária é essencial para manter o crescimento sustentável do setor

A aprovação do Projeto de Lei Nº 5.041/2025 pela Câmara dos Deputados, que torna obrigatório o despacho e o transporte gratuito de bagagem de mão e restringe outras práticas comerciais padrão, como vimos em detalhes no Portal PANROTAS, foi alvo de críticas por parte de Aline Mafra, diretora de Vendas e Marketing da Latam, na abertura do Insights 2025, evento que celebra os três anos de Joint Venture com a Delta.
Segundo a executiva, a PL da gratuidade de bagagens e as classes tarifárias mais rígidas chegam podem comprometer o planejamento a longo prazo das companhias aéreas.
“Não é dando gratuidade que vamos democratizar a aviação. Pelo contrário, precisamos trabalhar muito neste planejamento"
Aline Mafra, diretora de Vendas e Marketing da Latam Brasil.
Aline também comentou sobre a criação da tarifa Basic, lançada em outubro do ano passado pela Latam e neste mês de outubro de 2025 pela Gol, como também estamos acompanhando. Ambas as companhias, inclusive, já afirmaram que tarifas sem mala de mão criam mais opções para clientes.
Segundo ela, a segmentação tarifária — que organiza produtos conforme diferentes perfis e necessidades dos passageiros — é essencial para manter o crescimento sustentável do setor. "Cada vez que criamos uma tarifa com menos atributos e preço menor, isso impacta diretamente nosso poder de crescimento. Quanto mais colocamos oferta, mais estimulamos as pessoas a viajarem, seja por motivos étnicos ou de turismo”, explicou.
“Se a gente não tem famílias tarifárias bem definidas, por exemplo, precisamos buscar outras mecânicas para sustentar o crescimento. Segmentar é essencial para crescemos na região"
Aline Mafra, diretora de Vendas e Marketing da Latam Brasil
