Beatrice Teizen   |   15/06/2020 12:56   |   Atualizada em 15/06/2020 13:18

Como se reinventar profissionalmente no setor de eventos?

Este foi o tema do último encontro do 1º Festival Internacional de Viagens e Eventos Corporativos On-line

O 1º Festival Internacional de Viagens e Eventos Corporativos On-line, da Academia de Viagens Corporativas, chegou ao fim em seu quinto encontro realizado hoje (15). O tema – muito pertinente ao momento – abordou como se reinventar profissionalmente no mercado de eventos e foi apresentado pelo diretor global de Desenvolvimento e Aprendizado do MCI Group, Avinash Chandarana, diretamente de Hong Kong, na China.

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Encontro com Avinash Chandarana, do MCI Group, contou com apresentação de Viviânne Martins e Patricia Thomas, da Academia de Viagens Corporativas, e Igor Tobias, do MCI Group Brasil
Encontro com Avinash Chandarana, do MCI Group, contou com apresentação de Viviânne Martins e Patricia Thomas, da Academia de Viagens Corporativas, e Igor Tobias, do MCI Group Brasil
“A pandemia chegou e ninguém estava esperando por isso. Com ela, as pessoas e empresas estão aprendendo a se adaptar rapidamente, mesmo com a disrupção, e estão usando talento para mudar. O digital será integral, conectará tudo, e o avanço rápido dele nos últimos meses nos forçou a pensar em novos negócios”, afirma Chandarana.

ADAPTAÇÃO
Dentro do conceito de se adaptar, o profissional de Mice – assim como de diversos outros setores – está tendo de reprender conhecimentos e habilidades. Antes, fazer eventos era confortável, estava dentro do que era conhecido. Agora, com tudo indo para o digital, o evento virtual pode ser algo novo para muitas empresas e elas precisam aprender a executá-lo.

Diante disso e do enorme impacto da covid-19 na indústria, é necessário fazer o upskilling, ao aprimorar conhecimentos e habilidades já dominados e desenvolver as qualificações atuais dentro de uma mesma função de trabalho; e o reskilling, aprendendo novas habilidades e tornando-se apto a fazer um trabalho diferente em um novo emprego.

“Não conhecemos esse novo mundo, não sabemos como interagir em ambientes on-line de eventos, por exemplo. Temos de nos sentir confortáveis e precisamos de suporte para ir para frente. Por isso, devemos aprender as novas habilidades e os novos conhecimentos para nos sentirmos confiantes e seguros.”

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Dez habilidades para o futuro
Dez habilidades para o futuro
E, em um mundo repleto de automação, robótica, IA e IoT, quais são as habilidades fundamentais? As da área humana, como intuição, criatividade e inteligência emocional serão diferenciais chave. Combinar a expertise para o trabalho que já é feito e entender como o negócio funciona com as habilidades sociais, humanas e emocionais é essencial para o trabalho no futuro.

FUTURO DOS EVENTOS

É indiscutível que o formato de encontros híbridos, que já existe há alguns anos, agora veio para ficar. Com o impacto do novo coronavírus nas viagens e budget das empresas, elas perceberão que vale a pena combinar o evento físico com o virtual e a prática se tornará muito mais confortável de participar para as pessoas daqui um tempo.

Para se preparar profissionalmente para o sucesso na indústria após a retomada, algumas capacidades serão essenciais, como entregar eventos presenciais no pós-pandemia com mais padrões de higiene, desenhar experiências para encontros digitais, além de planejamento do cenário e monetização dos eventos no futuro.

Com os novos formatos, novas habilidades surgirão no setor. Skills relacionadas ao digital, adaptadas a vendas e marketing do “novo normal”, habilidades para lidar com pessoas emocionalmente afetadas e competência aprimorada em questões de higiene e segurança serão vistas.

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No futuro muito breve, novos empregos poderão surgir, como produtores de tecnologia para eventos virtuais, assistentes de tecnologia, criadores de experiências digitais, especialistas de user experience e design de interface, entre outros.

“O momento, para todo mundo, é de se reinventar e pensar diferente sobre o futuro. Principalmente no mercado de eventos, os profissionais estão acostumados a olhar para os detalhes, em como organizar, na operação logística, e, muitas vezes, falta olhar para a perspectiva da experiência, de um cenário maior do está acontecendo. Ter um entendimento profundo do que os clientes desejam e ser capaz de entregar o que eles querem é e será fundamental”, finaliza o diretor global de Desenvolvimento e Aprendizado do MCI Group.

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